Pregação - Não se acomode em soluções provisórias

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Pregação realizada no culto Front Jovens, da Igreja Evangélica Monte Carmelo, no dia 29.11.2020. 

"Agora, não se aflijam nem se recriminem por terem me vendido para cá, pois foi para salvar vidas que Deus me enviou adiante de vocês. Já houve dois anos de fome na terra, e nos próximos cinco anos não haverá cultivo nem colheita. Mas Deus me enviou à frente de vocês para lhes preservar um remanescente nesta terra e para salvar-lhes as vidas com grande livramento. Assim, não foram vocês que me mandaram para cá, mas sim o próprio Deus. Ele me tornou ministro do faraó, e me fez administrador de todo o palácio e governador de todo o Egito. Voltem depressa a meu pai e digam-lhe: Assim diz o seu filho José: Deus me fez senhor de todo o Egito. Vem para cá, não te demores. Tu viverás na região de Gósen e ficarás perto de mim — tu, os teus filhos, os teus netos, as tuas ovelhas, os teus bois e todos os teus bens. Eu te sustentarei ali, porque ainda haverá cinco anos de fome. Do contrário, tu, a tua família e todos os teus rebanhos acabarão na miséria." (Gênesis 45.5-11)

Não temas!

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"Apesar do receio que tinham dos povos ao redor, construíram o altar sobre a sua base e nele sacrificaram holocaustos ao Senhor , tanto os sacrifícios da manhã como os da tarde... Mas muitos dos sacerdotes, dos levitas e dos chefes das famílias mais velhos, que tinham visto o antigo templo, choraram em alta voz quando viram o lançamento dos alicerces desse templo; muitos, porém, gritavam de alegria." (Esdras 3.3‭, ‬12)

No retorno após o exílio, o povo de Israel temia as nações vizinhas. Não se lembravam de que não tinham razão para ter medo.

Alguns choraram de tristeza ao serem lançados os alicerces do novo templo. Lembravam-se do passado e o exaltavam, quando deveriam voltar os olhos para o futuro que estava só começando.

Na boca de um povo que sabia com muitos anos de antecedência que seria liberto por um imperador chamado Ciro, só deveriam existir palavras de confiança e incentivo (vide Esdras 1.1)

Mas eles tiveram medo e desanimaram. E o tempo que levaram para vencer o medo, poderia ter sido melhor aproveitado.

Acontece assim conosco também!
Não há razão para temermos, mas andamos sempre com receio do que irá acontecer.

Nós sabemos que tudo que vivemos tem um propósito, mas não conseguimos descansar de fato no Senhor e aproveitar ao máximo o que está diante de nós.

É hora da nossa boca parar de falar palavras de desânimo e desconfiança aos que estão ao redor!

Devemos ser como aqueles do povo de Israel que ousadamente tomaram a iniciativa da restauração e celebraram com alegria o lançamento dos fundamentos do novo templo.

Nós conhecemos o Senhor! A partir das nossas vidas, devem ser declaradas palavras de vida, que constroem bênção e animam o necessitado ao nosso redor.

A palavra na boca daquele que crê em Deus não deve ser negacionista, nem recheada de um otimismo ingênuo; mas deve falar primeiro de sua fé e das promessas do Senhor.

E se há uma palavra presente na Bíblia é "não temas"! Há uma declaração dessa para cada dia do ano!

Que, mesmo em meio às circunstâncias difíceis, o seu coração esteja apegado às promessas do Senhor. Não deixe que o medo ou as lembranças do passado sejam limitantes, mas se una àqueles que, cheios de coragem, darão passos firmes para viver o hoje firmado na bondade de Deus!

Cântico dos Degraus - Ele nos ouve e responde

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Cânticos dos degraus são cheios de declarações, bênçãos e clamores.

Eram cantados pelos peregrinos que rumavam a Jerusalém. De certa forma, nós todos somos peregrinos. Na caminhada da vida, a vivência com Deus nos revela o Seu caráter e nos une a Ele em um mesmo coração.

Salmo 120 - Ele nos ouve e responde

"Eu clamo pelo Senhor na minha angústia, e ele me responde." (Salmo 120.1)

A jornada da vida pode ser muito solitária para algumas pessoas, mas aqueles que conhecem a Deus aprendem que nunca estão sozinhos. 

O Senhor quer se relacionar de maneira pessoal com todas as pessoas que se aproximam dEle. O caminho aberto por Jesus Cristo nos permite dialogar com o Pai, o Senhor de todo o Universo e compartilhar tudo que está em nosso coração, assim como um amigo faz a outro.

Deus não nos trata como se fôssemos mais um! Pelo contrário, o Senhor nos conhece individualmente; a nossa conversa com Deus não é um monólogo, mas sim um diálogo: o salmista dá testemunho de que clamou a Deus e Ele lhe respondeu!

Que coisa maravilhosa é ouvir a voz de Deus! Que incrível relacionamento é esse onde podemos orar ao Pai, através do nome de Jesus Cristo, sermos ouvidos e respondidos.

O salmista ainda relata que seu clamor foi feito em um momento de angústia! Isso é importante, pois, por vezes, nossas amizades prestam até o momento em que as alegrias acabam...Mas em Deus temos um amigo sempre presente e poderoso para ouvir nosso pedido de socorro e intervir em nosso favor!

Mais do que ouvir a respeito disso, você pode vivenciar esta verdade: Estreite o seu relacionamento com o Pai! Ele não está distante, nem te desconhece. Aproxime-se dEle em humildade e testemunhe por si próprio da bondade, do favor e da graça que O cercam.

Se você vive um tempo de angústia, clame a Ele e prepare-se para ouvir a Sua resposta poderosa de livramento!

Quer conhecer mais sobre Cristo e como fazer parte da família de Deus? Clique aqui.

A autoridade do crente

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É indiscutivel a autoridade que o crente em Jesus tem! Não é uma autoridade baseada no próprio merecimento ou justiça, é dada graciosamente por Cristo a seus filhos, o Corpo, a igreja dEle nessa terra. Esse poder deve ser usado para derrotar as obras malignas de Satanás, frustrar os seus planos e demonstrar que as boas novas de Deus já chegaram à terra e são confirmadas com maravilhas e prodígios.

"Estes sinais acompanharão os que crerem: em meu nome expulsarão demônios; falarão novas línguas; pegarão em serpentes; e, se beberem algum veneno mortal, não lhes fará mal nenhum; imporão as mãos sobre os doentes, e estes ficarão curados". (Marcos 16.17-18)

"Digo-lhes a verdade: Aquele que crê em mim fará também as obras que tenho realizado. Fará coisas ainda maiores do que estas, porque eu estou indo para o Pai. E eu farei o que vocês pedirem em meu nome, para que o Pai seja glorificado no Filho. O que vocês pedirem em meu nome, eu farei". (João 14.12-14)

A autoridade que temos no nome de Jesus Cristo não deve ser usada para motivos egoístas e nem seu nome deve-se transformar em amuleto da sorte ou superstição em nossa boca, mas deve ser guardado e utilizado para a glória de Deus.

Porém, se existe uma coisa que é implícita no que falamos, mas para a qual quero chamar atenção nesse texto é que existe uma exigência para exercermos a autoridade de Cristo: relacionamento com o Pai!

"Alguns judeus que andavam expulsando espíritos malignos tentaram invocar o nome do Senhor Jesus sobre os endemoninhados, dizendo: "Em nome de Jesus, a quem Paulo prega, eu lhes ordeno que saiam! "Os que estavam fazendo isso eram os sete filhos de Ceva, um dos chefes dos sacerdotes dos judeus. Um dia, o espírito maligno lhes respondeu: "Jesus, eu conheço, Paulo, eu sei quem é; mas vocês, quem são? " Então o endemoninhado saltou sobre eles e os dominou, espancando-os com tamanha violência que eles fugiram da casa nus e feridos. Quando isso se tornou conhecido de todos os judeus e os gregos que viviam em Éfeso, todos eles foram tomados de temor; e o nome do Senhor Jesus era engrandecido."  (Atos 19.13-17)

Os filhos de Ceva eram homens que não possuíam um relacionamento vivo com Jesus e tentaram exercer autoridade baseados no relacionamento que outra pessoa tinha com Deus.

Eles não haviam experimentado um Deus de amor, não tinham entendido o chamado de Cristo e o Evangelho...Talvez entenderam intelectualmente a história de um Deus que outro homem pregava e quiseram utilizar da Sua autoridade. Por estarem desabilitados a isso, sofreram duro ataque das trevas, porque o mundo espiritual é real e se ousarmos entrar nele sustentados por nossas poucas forças, seremos esmigalhados!

Isso tem muito a ver conosco hoje! Qual é o teu relacionamento com Deus? Não basta conhecer a Palavra, a pergunta é: isso tem feito sentido e diferença no seu dia-dia? 

Autoridade vinda de Cristo não é amuleto da sorte nem palavrinhas mágicas a serem ditas no momento certo! É relacionamento com o Pai, fé que Ele existe e entregou o Seu filho para morrer numa cruz em nosso lugar, nos permitindo estar diante dEle novamente. Fé que esse Jesus foi ressuscitado, está à destra de Deus e reina sobre tudo!

Busque viver um relacionamento vivo com Cristo e, nesta posição, seja usado por Deus para exercer a autoridade dEle sobre esta terra!

Se perder o equilíbrio, corra para a presença de Deus!

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Quantas vezes na vida, a gente não acha que está enfrentando sozinho as batalhas do dia-dia? 

Por mais que estejamos cercados de muita gente, parece que há um vazio à nossa volta e o desespero acaba por tomar conta do coração e da mente. Esse tipo de sensação não tem hora para ocorrer - inclusive, pode acontecer logo após grandes vitórias - e quando ocorre, perdemos o equilíbrio e a capacidade de continuar caminhando para cumprir o propósito de Deus em nossas vidas.

Isso não é problema dos tempos atuais! Aconteceu até com gente da Bíblia: Elias viveu essa realidade.

"Ora, Acabe contou a Jezabel tudo o que Elias tinha feito e como havia matado todos aqueles profetas à espada. Por isso Jezabel mandou um mensageiro a Elias para dizer-lhe: "Que os deuses me castiguem com todo o rigor, caso amanhã nesta hora eu não faça com a sua vida o que você fez com a deles".Elias teve medo e fugiu para salvar a vida... Chegou a um pé de giesta, sentou-se debaixo dele e orou, pedindo a morte. "Já tive o bastante, Senhor. Tira a minha vida; não sou melhor do que os meus antepassados. " (1 Reis 19.1-4)

Elias era profeta de Deus no meio de Israel e confrontava o rei da época, Acabe, um homem impio e afastado do Senhor que, junto com sua esposa Jezabel, desviaram o povo dos caminhos de Deus.

Porém, em meio a uma difícil e solitária disputa, logo após ter uma grande vitória e derrotar os profetas de Baal, houve um momento onde aquele homem de Deus perdeu o equilíbrio: após sofrer uma severa ameaça da mulher do rei, Elias entrou em desespero, fugiu e pediu a morte.

Porém, Deus teve um jeito especial de tratar com aquele homem: o alimentou, levou para um lugar secreto, se revelou a ele de uma maneira especial e contou que Elias não estava sozinho, mas ainda haviam pessoas em Israel que não tinham se curvado a outros deuses. Assim, o Senhor fortaleceu Elias para seguir em sua carreira, fazendo a vontade de Deus (I Reis 19.5-18)

Do mesmo modo que Deus fez com Elias, Ele quer fazer conosco nos momentos que perdemos o equilíbrio!

Como viver isso hoje em dia?

1. Busque o lugar secreto com Deus: tenha um espaço separado na agenda para a oração e a leitura da Palavra. Esses tempos são importantes para cultivar um relacionamento verdadeiro com o Senhor e ouvir a Sua voz.

2. Seja fortalecido pelas promessas do Senhor: ao cultivar esse espaço de intimidade com Deus, você ouvirá das promessas e propósitos que Ele tem a seu respeito! Assim, você verá que, apesar das dificuldades que está passando, hoje ainda não é o fim, mas o começo! Deus está contigo para te sustentar e permitir que você viva a plenitude dos sonhos que Ele tem para você.

3. Tenha certeza que você não está sozinho!: Além da companhia do Pai, certamente Ele preparará amigos espirituais, irmãos e irmãs, que querem caminhar ao seu lado e te apoiar nos caminhos da fé, mesmo em tempos dificeis. Busque a comunhão da igreja e cultive amigos e amigas espirituais, pois, nesses relacionamentos, somos poderosamente abençoados.

Ao perder o equilíbrio, corra para os braços de Deus e seja fortalecido para continuar a jornada da vida, até experimentar tudo aquilo que o Senhor preparou para você!


Não cansemos de fazer o bem!

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"Não nos cansemos de fazer o bem. pois a seu tempo ceifaremos, se não houvermos desfalecido. Façam o bem a todos, especialmente aos da família da Fé" (Gálatas 6.9-10)

O que é fazer o bem?

Fazer o bem poderia resumir-se na palavra "doação". Mas não somente aquela doação de dinheiro ou roupas que nós estamos acostumados a pensar.

Fazer o bem significa doar algo de si mesmo para outro! E isso envolve uma amplitude de possibilidades: doar do seu tempo, do seu dinheiro, do seu ouvido para escutar alguém, da sua capacidade mental para aconselhar outra pessoa, da sua força para auxiliar em casa...

Fazer o bem traz consigo grande número de possibilidades e é algo que Deus deseja que façamos...Mas pelo que Paulo fala, pode cansar!

Por que cansaríamos de fazer o bem?

Podemos cansar de fazer o bem por conta da ingratidão das pessoas ao nosso redor; por perdermos de vista que tudo que fazemos é para primeiramente agradar a Deus; porque essa jornada de "plantação" é dura mesmo e são tantas coisas que ocupam a nossa mente, dizendo respeito aos nossos próprios interesses, que não temos tempo para doar algo a outro.

Porém, Paulo nos encoraja: Não cansem de fazer o bem, pois ceifaremos, se não houvermos desfalecido!

A corrida da vida tem que ser levada como uma maratona, que envolve ritmo e persistência. Àqueles que seguirem firmes, fazendo o bem, Deus promete uma boa colheita! Paulo mesmo diz nos versículos anteriores que aquele que plantar, certamente colherá!

E a quem devemos fazer o bem?

Devemos fazer o bem a todos! Aproveitar todas as oportunidades que se colocam diante de nós para abençoar alguma vida! Lembrando que existem várias formas de fazer isso!

Mas Paulo chama atenção especial à nossa família da fé: se sabemos que algum de nossos irmãos em Cristo está passando por alguma dificuldade, seja de qual ordem for, devemos nos esforçar para ajudá-los a superar esta situação!

Reflita:

  • Você tem conseguido fazer o bem atualmente?
  • Quais são suas dificuldades ou o que te facilita a fazer o que você faz?
  • Como você poderia ser uma pessoa ainda mais abençoadora?
  • Você já se sentiu cansado de fazer o bem?

Que o Senhor te capacite a ser pródigo em boas obras, revelando ao mundo o amor de Cristo, que se entregou a si mesmo e nos desafiou a fazer da mesma maneira com nossos irmãos!

Não se acomode em soluções provisórias

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"Agora, pois, não vos entristeçais, nem vos pese aos vossos olhos por me haverdes vendido para cá; porque para conservação da vida, Deus me enviou adiante de vós. Porque já houve dois anos de fome no meio da terra, e ainda restam cinco anos em que não haverá lavoura nem sega...Apressai-vos, e subi a meu pai, e dizei-lhe: Assim tem dito o teu filho José: Deus me tem posto por senhor em toda a terra do Egito; desce a mim, e não te demores; E habitarás na terra de Gósen, e estarás perto de mim, tu e os teus filhos, e os filhos dos teus filhos, e as tuas ovelhas, e as tuas vacas, e tudo o que tens.E ali te sustentarei, porque ainda haverá cinco anos de fome, para que não pereças de pobreza, tu e tua casa, e tudo o que tens." (Gênesis 45.5-11) - grifo nosso

"E Jacó viveu na terra do Egito dezessete anos..." (Gênesis 47.28)  - grifo nosso

"O tempo que os filhos de Israel habitaram no Egito foi de quatrocentos e trinta anos." (Êxodo 12.40) - grifo nosso

Quantas vezes na vida permitimos que soluções provisórias se tornem cenários definitivos?

Isso acontece toda hora e em todas as áreas de nossas vidas: é o conserto de alguma coisa da casa que é feito de maneira improvisada; é a acomodação perante uma situação desconfortável na área profissional, são os casais que postergam resoluções importantes no seu relacionamento e vão levando a vida...Enfim, a lista de possibilidades é grande e poderia fazer um texto enorme apenas mencionando exemplos!

1. Nem sempre soluções provisórias são problemáticas

Soluções provisórias para problemas da vida surgem a todo momento. E, em si mesmas, nem sempre são problemáticas. Podem ser um remédio para questões momentâneas da vida!

A família de Jacó se deparou com a possibilidade de uma solução provisória em um momento de crise: havia fome na terra, o Egito era o único lugar com comida e, pelos desígnios de Deus, José, o filho que era dado como morto, estava em uma alta posição de autoridade sobre aquele povo.

Quando seus irmãos vão até o Egito para comprar comida, José se revela a eles, esclarece que Deus o havia orientado sobre o tempo que aquele cenário de escassez existiria sobre a terra (7 anos), informa que dois anos já eram passados e faz uma proposta:  venham para o Egito! Designarei um lugar para estarem e vocês serão sustentados pelos próximos 5 anos de dificuldade.

Esse convite soou maravilhosamente bem aos ouvidos dos irmãos de José, que levaram seu pai Jacó e suas famílias de Canaã para o Egito, a fim de serem supridos nesse tempo de dificuldade.

Certamente, foi uma solução provisória de Deus para gerar provisão à semente de Israel naquele momento complicado. Mas era o PROPÓSITO definitivo do Senhor para aquele povo? Não!

2. O problema é se acomodar no cenário provisório e se esquecer do propósito do Senhor. A solução provisória virará escravidão!

Deus havia jurado à Abraão que daria a terra de Canaã como herança aos seus descendentes. Canaã era o propósito e o lugar definitivo que o Pai havia separado para aquele povo.

O problema com Jacó e sua família foi se acomodar em uma solução provisória: aquele livramento era para passar pelos 5 anos de fome; mas Jacó ficou lá por 17 anos, até sua morte; e, por fim, os descendentes de Jacó permaneceram naquela terra por 430 anos.

Quando nos acomodamos nas soluções provisórias e perdemos de vista o propósito maior de Deus para nossas vidas, o cenário vai mudando, sem que percebamos. A situação se degrada e nos tornamos escravos daquela condição. 

Foi o que literalmente aconteceu com o povo de Israel: passou-se o tempo e a condição que era favorável transformou - se em escravidão na terra do Egito.

Não podemos estabelecer as nossas vidas sob a base de soluções provisórias! Deus quer nos levar ao cumprimento do Seu propósito divino e para isso, não podemos nos acomodar em um cenário que parece favorável, mas não é o lugar que o Senhor quer nos colocar.

Aqueles que se acomodam em soluções provisórias terminam por se tornar escravos desta condição. E Deus não lida com escravos, mas liberta aqueles que o amam e os chama de filhos.

3. Deus sempre está disposto a quebrar qualquer algema de escravidão que nos impeça de alcançar o Seu propósito para nossas vidas. Para que isso aconteça, CLAME!

Levou tempo, mas o povo de Israel acordou do sono espiritual e clamou ao Senhor por libertação: 

"E aconteceu, depois de muitos dias, que morrendo o rei do Egito, os filhos de Israel suspiraram por causa da servidão, e clamaram; e o seu clamor subiu a Deus por causa de sua servidão." (Êxodo 2.23)

E toda vez que clamamos a Deus, Ele nos ouve e intervém em nosso favor para nos resgatar, livrar e estabelecer o Seu propósito sobre as nossas vidas!

"E disse o Senhor: Tenho visto atentamente a aflição do meu povo, que está no Egito, e tenho ouvido o seu clamor por causa dos seus exatores, porque conheci as suas dores. Portanto desci para livrá-lo da mão dos egípcios, e para fazê-lo subir daquela terra, a uma terra boa e larga, a uma terra que mana leite e mel; ao lugar do cananeu, e do heteu, e do amorreu, e do perizeu, e do heveu, e do jebuseu." (Êxodo 3.7-8)

Portanto, há esperança para todo aquele que clamar a Deus e pedir Sua intervenção!

Se você está vivendo a vida acomodado em soluções provisórias, HOJE é o tempo favorável! Clame a Deus e Ele intervirá para te libertar!  Não se acomode em soluções provisórias, mas creia no Senhor e peça a Ele que guie a sua vida, rumo ao caminho cheio de virtude para o qual Ele te criou! 


Generosidade segundo Jesus

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"Estando Jesus em Betânia, reclinado à mesa na casa de um homem conhecido como Simão, o leproso, aproximou-se dele certa mulher com um frasco de alabastro contendo um perfume muito caro, feito de nardo puro. Ela quebrou o frasco e derramou o perfume sobre a cabeça de Jesus.  Alguns dos presentes começaram a dizer uns aos outros, indignados: “Por que este desperdício de perfume? Ele poderia ser vendido por trezentos denários , e o dinheiro ser dado aos pobres”. E eles a repreendiam severamente.  “Deixem-na em paz”, disse Jesus. “Por que a estão perturbando? Ela praticou uma boa ação para comigo." (Marcos 14.3‭-‬6) 

Nessa passagem, os discípulos, especialmente Judas Iscariotes (como relatado em João 12.4), começaram a julgar a mulher que fez um ato generoso e derramou óleo sobre Jesus.  

Discordaram do ato e fizeram contas sobre quanto e onde aquilo poderia ter sido empregado. Mais do que isso: aqueles homens repreenderam duramente a mulher! De tal modo que Jesus teve de intervir e pedir que eles a deixassem em paz!

Assim como os discípulos, somos especialistas em avaliar a generosidade alheia e geralmente não fazemos esse tipo de "cálculo" no espírito que Jesus propõe: valorizamos os homens das moedas que tilintam no gazofilácio (mas dão do que sobra) e deixamos de lado a pobre viúva, que dá seus últimos centavos; tendemos a aplaudir a contribuição de Ananias e Safira, do mesmo modo que a de Barnabé.

Quando Jesus fala sobre generosidade, quais são os princípios destacados na Bíblia?

1) Acima de tudo, Jesus avalia a MOTIVAÇÃO.

O coração de Jesus sempre esteve atento à motivação das pessoas e identifica isso como um princípio importante: é algo muito presente no Sermão do Monte, principalmente em Mateus 6, quando Ele fala sobre a importância de não fazer atos de justiça motivado pelo interesse de ser honrado pelos homens.

Jesus sempre receberá toda ação de generosidade realizada, não por tristeza ou constrangimento, mas em alegria e com espontaneidade, por amor à obra de Cristo (vide 2 Coríntios 9.7).

2) Jesus não chamou ninguém para ser sommelier de generosidade alheia, mas para ser bom mordomo do que Ele lhe confiou. 

Mais do que julgar sobre a generosidade dos outros, devemos olhar para o nosso próprio coração e discernir se estamos agindo adequadamente com aquilo que Ele tem nos confiado.

A bondade de Deus permite variados modos de abençoarmos outras pessoas e o Reino! 

Não é somente dinheiro, mas é possível ser generoso através de outros talentos e capacidades. Além disso, a multiforme obra de Deus abre oportunidades para que apliquemos essas habilidades/capacidades/recursos em diversas finalidades: obra missionária, assistência aos necessitados, suprimento aos pastores e à igreja local... 

Com isso, precisamos ser sensíveis para ouvir a direção de Deus e obedecer, assim como um bom mordomo, que aplica o seu esforço no lugar onde seu senhor acredita que trará maior benefício.

Que a nossa motivação seja agradar a Cristo e com essa santa intenção, concentremos nossos esforços em ser bons mordomos de tudo aquilo que Ele tem nos confiado!

Você já sentiu medo e alegria ao mesmo tempo?

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"As mulheres saíram depressa do sepulcro, amedrontadas e cheias de alegria, e foram correndo anunciá-lo aos discípulos de Jesus." (Mateus 28.8)  - grifo nosso

Você já viveu uma situação em que teve medo e alegria ao mesmo tempo?

Se refletir um pouco sobre sua vida, talvez lembre de alguns cenários: o início da faculdade, uma promoção no trabalho, o dia do casamento, a chegada de um filho ou filha...

Em geral, são situações em que somos surpreendidos; momentos em que recebemos novos desafios que dão aquele frio na barriga e geram expectativa a respeito do que nos espera e como seremos capazes de dar conta.

Duas mulheres viveram esse misto de sentimentos naquele domingo em Jerusalém. Ao visitarem o túmulo de Jesus, no terceiro dia após a sua morte, esperavam encontrá-lo ali, banhá-lo com especiarias e lamentar a sua perda.

Mas foram surpreendidas: ao chegarem por lá, Jesus não estava! Um anjo as recepcionou, comunicou a boa notícia da ressurreição e deu a elas um desafio: 

"Vão depressa e digam aos discípulos dele: Ele ressuscitou dentre os mortos e está indo adiante de vocês para a Galileia. Lá vocês o verão..." (Mateus 28.7)

Para quem havia se dirigido a um lugar com o intuito de dar continuidade a um velório, houve uma súbita mudança de perspectiva, não é verdade?

Essa injeção de ânimo e propósito impulsionou aquelas mulheres a correr apressadamente e contar ao mundo, sim, ao MUNDO, aquela maravilhosa notícia que continua sendo contada até hoje!

Talvez os últimos tempos não estejam sendo de muito desafio ou alegria para você - a areia movediça das dificuldades e reveses podem estar te afundando cada vez mais.

Mas, permita me dizer algo: quando nos deparamos com a mesma notícia que as duas mulheres receberam naquele domingo, podemos ter o nosso coração tomado pela mesma mistura de "medo e alegria" que as dominou naquele dia: "Jesus não está morto, Ele ressuscitou! A morte não foi capaz de conter o Autor da Vida!". 

Essa percepção, quando recebida por um coração desarmado, pode nos desafiar a um novo tipo de vida, cheia de sentido e propósito que só a comunhão com Jesus pode trazer.

E, apesar do frio na barriga que mudanças desse tipo podem gerar, temos uma certeza: não estaremos sozinhos para enfrentá-las! Ele prometeu que estaria conosco até o fim dos tempos! (Mateus 28.20)

Que, nesse dia, você possa ter a renovada sensação de viver o misto de "medo e alegria", mas dessa vez, gerada pelo desafio dos céus: entregar a vida a Cristo e ser integrante dessa família que continua compartilhando a esperança do amor que venceu a morte, para nos salvar de nós mesmos e de nossos pecados.

Quer saber mais a respeito de como entregar sua vida a Cristo? Clique aqui.



A tentação de todo dia: O que me darão se eu entregar Cristo a vocês?

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"E lhes perguntou: “O que me darão se eu o entregar a vocês?” E fixaram-lhe o preço: trinta moedas de prata." (Mateus 26.15) 

Quantas vezes essa pergunta não sai de nossos lábios, ou senão, de nossas mentes?
O que me darão se eu entregar [Cristo] a vocês?

Ao ler a Bíblia, a ação de Judas Iscariotes parece tão distante da nossa prática, mas a realidade é que não está tão longe assim.

Como Iscariotes foi capaz de entregar o Mestre em troca de algum dinheiro, nós abrimos mão da realização da vontade de Cristo para nos encher de nós mesmos e satisfazer o velho homem.

Nas tentações do dia-dia, essa pergunta infame ecoa no coração e recebemos inúmeras respostas: assim como Judas, ouvimos sobre a possibilidade de ganhar mais dinheiro e saciar a ganância; sobre satisfazer os apetites sexuais e realizar a luxúria; sobre como será bom estar bem com todos, mesmo que sejam necessárias algumas mentiras...

Todos estão sujeitos a ceder e deixar Cristo para trás. Lembre-se que, apesar de Judas ser o responsável pela traição, nenhum discípulo foi capaz de acompanhar Jesus no momento de maior dificuldade. Todos fugiram!

Jesus deu um bom conselho aos discipulos que o acompanhavam no Getsêmani, a fim de serem capazes de ter uma reação diferente: 

"Vigiem e orem para não caírem em tentação, porque o espírito está pronto, mas a carne é fraca" (Mateus 26.41)

Esse conselho também serve para nós! Somente aqueles que estão fortalecidos no Senhor, conseguirão resistir às tentações e enganos que o maligno intenta para nos desviar do caminho.

É importante reconhecer que ninguém guarda em si mesmo a capacidade de seguir a Jesus com suas próprias forças - nem mesmo Pedro, o ousado discípulo, foi capaz de manter-se firme na fé, sem negar a Cristo.

Todos estamos encerrados sob a mesma fraqueza para que possamos ser alvos da mesma graça: o Espírito Santo é aquele que pode nos firmar na fé e capacitar na resistência às frequentes tentações de barganhar com o pecado.

Tenha comunhão com Deus e seja fortalecido para manter-se fiel à Cristo em todo tempo !

Todo coração endurecido sofrerá juízo

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"Mas quando o faraó percebeu que houve alívio, obstinou-se em seu coração e não deu mais ouvidos a Moisés e a Arão, conforme o Senhor tinha dito." (Êxodo 8.15)

"Os magos disseram ao faraó: "Isso é o dedo de Deus". Mas o coração do faraó permaneceu endurecido, e ele não quis ouvi-los, conforme o Senhor tinha dito." (Êxodo 8.19)

"Mas também dessa vez o faraó obstinou-se em seu coração e não deixou que o povo saísse."
(Êxodo 8.32)

O relato das dez pragas fala de um homem cujo coração era obstinado e não desejava curvar-se à vontade de Deus. Este homem era o Faraó do Egito e a sua teimosia fez com que todo o povo egípcio pagasse altíssimo preço: as colheitas foram arrasadas, animais foram abatidos, pessoas ficaram doentes e tudo isso culminou com a morte de todos os primogênitos da terra.

Sua relutância não permitia reconhecer a soberania do Senhor sobre todas as coisas. Faraó desejava sua vontade acima de tudo e isso significava manter o povo de Israel em escravidão - e não importavam quaisquer sinais divinos.

Às vezes, analisamos essa história e pensamos que estas realidades estão tão distantes...Afinal, muitos de nós estão longe de ter uma posição tão influente na sociedade. Mas será que, em certos momentos, nosso coração não é tão obstinado quanto o de Faraó?

Dizemos que seguimos a Deus, mas estamos caminhando conforme nossas próprias vontades e, mesmo diante dos chamados do Senhor, não voltamos o nosso coração a Ele.

Graças a Deus que trata conosco segundo Suas misericórdias, mas assim como chegou o momento do juízo divino sobre as maldades do povo egípcio contra o povo de Israel - submetendo-os a 430 anos de dura escravidão - chegará o tempo em que nós prestaremos contas de nossa vida.

Portanto, vigie e não seja contado como um companheiro de Faraó, homem de coração desobediente e endurecido perante Deus.
Arrependa-se , submeta-se ao Senhor e receba dEle direção firme para a sua vida! 

Para isso, é importante tomar uma decisão que mudará a sua vida: renda-se a Cristo! Clique aqui para saber mais.



Deus não tem pressa!

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"Jacó gerou José, marido de Maria, da qual nasceu Jesus, que é chamado Cristo.
Assim, ao todo houve catorze gerações de Abraão a Davi, catorze de Davi até o exílio na Babilônia e catorze do exílio até o Cristo."

(Mateus 1.16-17)

Deus não tem pressa: Ele passou 42 gerações se relacionando com pessoas, criando um povo para chamar de seu, revelando as leis, ensinando e corrigindo os israelitas até chegar ao clímax da sua revelação: Deus se tornando homem, o Filho de Deus encarnado, a vinda do Messias, Jesus Cristo.

Isso nos fala de:

  • Humildade: a revelação progressiva de Deus ao longo da história deve nos trazer à lembrança que não somos o centro do mundo. Portanto, Deus fará as coisas a seu tempo e não irá acelerar os Seus propósitos por nossa causa. Pelo contrário, nós temos de adequar nossa vida ao Seu plano e ser instrumentos dignos para compartilhar as Suas Boas-Novas. Não se trata de nós, trata-se dEle e de sua vontade.

  • Misericórdia: o plano de Deus nos revela o Seu amor e misericórdia em cada aspecto. Ele não nos trata de maneira impessoal, e isso fica exemplificado através das relações que o Senhor teve ao longo do Antigo Testamento com seu povo, agindo com bondade e severidade, mas nunca destruindo completamente aqueles que tantas vezes insistiram em desobedecer. Por fim, num gesto de imensa graça, permite que meros seres humanos sejam registrados como ascendentes de Jesus - pense: o filho de Deus tem identidade em si mesmo, não há a necessidade de situá-lo numa linhagem humana. Mas Deus coloca Jesus entre os homens como um simples menino, nascido em simplicidade, a fim de cumprir Sua Palavra e testificar a Sua misericórdia entre nós.

Portanto, que a nossa vida revele a compreensão desse ensinamento que Deus ministra através das gerações: Ele não tem pressa, Ele não perde o controle, Ele faz tudo conforme a Sua vontade, nos revelando Sua misericórdia, com o propósito de nos transformar em Seus filhos, moldando o nosso caráter à semelhança de Cristo Jesus.

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Tempos difíceis e os conselhos de 2 Tessalonicenses

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Atualmente, o mundo enfrenta um dos momentos mais difíceis da história recente. A pandemia do coronavírus tem ceifado a vida de muitas pessoas ao redor do globo e outros tantos indivíduos têm sido afetados pelas consequências econômicas da crise.

Será que a Bíblia tem algum conselho para orientar os cristãos sobre como enfrentar esse tempo tão complexo?

Sim! A segunda carta de Paulo aos Tessalonicenses traz bons princípios que nos permitem compreender a postura que Deus espera de seus filhos em momentos difíceis.

Quando Paulo escreveu suas cartas, a igreja de Tessalônica vivia um momento de crise. Os irmãos não enfrentavam uma doença, mas também poderiam ser mortos: havia intensa perseguição, por conta da fé em Jesus Cristo.

Frente a essas dificuldades, em um cenário sem melhores perspectivas, a palavra do apóstolo os encorajava: nenhum momento difícil durará para sempre!
 
Cristo deixou claro que teremos tribulações neste mundo, mas os cristãos de todas as eras podem descansar em uma firme esperança: Jesus há de voltar para salvar à sua igreja e condenar aqueles que não se voltaram a Ele com fé e arrependimento (2 Ts. 1.6-10). Ter essa perspectiva em mente não deixará que o nosso coração seja desesperançado pelos acontecimentos deste mundo.

No entanto, Paulo avisa: até a volta de Cristo, será necessário paciência, pois nada vai acontecer tão repentinamente. Há uma série de situações que precisarão se desenrolar, até que a volta de Cristo e o livramento eterno se concretize (2 Ts. 2.1-4)

Essa mensagem é importante, pois os irmãos de Tessalônica estavam inclinados a largar suas responsabilidades terrenas, para focar no aguardo do retorno do Senhor. E, às vezes, é isso que acontece conosco: em tempos difíceis, aguardamos que venha o livramento para depois voltar a agir.

Mas o apóstolo nos orienta a mantermos a firmeza e perseverança em todas as práticas que tinham sido ensinadas, mesmo diante da dificuldade (2 Ts 2.15;17; 2 Ts. 3.4-5).

Sim, era necessário se manter trabalhando, a fim de ter sustento e quem sabe, ter algo a contribuir com os famintos; sim, era necessário permanecer fazendo o bem e dar testemunho do evangelho de Cristo (2 Ts. 3.11-13).

Nem o cenário difícil ou a promessa da vitória deveriam abalar o crente.  Pelo contrário, quem crê em Cristo tem de manter os pés no chão, o coração sonhando, as mãos na labuta, o foco em Deus e a cabeça na eternidade! 

O mundo real não deve ser motivo de lamentações: temos uma esperança espiritual. A esperança espiritual não deve ser "muleta" para não nos aplicarmos no mundo real: temos uma responsabilidade terrena. A responsabilidade terrena, por mais difícil que seja, não deve afligir nosso coração: jamais estaremos desamparados! 

Há um Deus que nos deu um selo espiritual através do Seu Filho e vive em nós pelo Seu Espírito, para que tenhamos a visão celestial em tudo que fazemos e sejamos orientados a como enfrentar toda a sorte de situações.

O momento difícil não durará para sempre, tenha paciência em meio à tribulação. Mantenha-se firme e perseverando em tudo que aprendeu!

Que a orientação de Paulo à igreja de Tessalônica ecoe em seu coração e produza ânimo para enfrentar o momento presente!

Filemom: Ter uma fé que seja motivo de conversa

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"Sempre dou graças a meu Deus, lembrando-me de você nas minhas orações, porque ouço falar da sua fé no Senhor Jesus e do seu amor por todos os santos."
(Filemom 1.4‭-‬5)

Vivemos um tempo onde a espiritualização é bastante cultivada: as pessoas dizem crer em algo, têm os seus misticismos, mas isso não provoca uma mudança em suas condutas e relações.

A fé em Jesus Cristo tem essa característica que a diferencia de todas as outras: aquele que crê verdadeiramente no Filho de Deus começa uma jornada de transformação em seu caráter que durará por toda a vida e essa mudança será testemunhada por todos que acompanharem as ações desse cristão.

A carta a Filemom nos revela a história de um homem cuja fé virou motivo de conversa. E, diferentemente do que acontece hoje, onde muitos que se dizem cristãos são razão para escândalo e descrédito dos descrentes, esse homem chamado Filemom tinha uma fé que era motivo de glorificação a Deus.

O que havia na vida de Filemom que o fazia dar tão bom testemunho de sua fé em Cristo?

Em primeiro lugar, partimos do fundamento: era uma fé solidificada em Cristo Jesus, pois só a partir da ação produzida pelo Espírito Santo é possível nascer de novo e ser transformado em nova criatura. 
É o que a Bíblia diz em 2 Coríntios 5.17:

"Assim que, se alguém está em Cristo, nova criatura é; as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo."

Essa transformação gerada pela fé em Cristo faz com que o nosso coração e mentalidade sejam renovadas, à semelhança dEle. Nesse processo, desenvolvemos amor por Deus e pelo próximo em nossos corações.

E como esse amor se demonstra? Não é meramente um sentimento ou uma afeição, nem é "seletivo", indo ao encontro apenas daqueles que também nos amam. Mas, é um amor que torna-se visível através de ações: doar de si mesmo e do que tem aos outros, sem esperar nada em troca, revela o amor que há em nossa vida e diz tudo sobre a nossa filiação.

Jesus diz isso: "Amem, porém os seus inimigos. Façam-lhes o bem e emprestem a eles, sem esperar receber nada de volta. Então, a recompensa que terão será grande e vocês serão filhos do Altíssimo, porque Ele é bondoso para com os ingratos e maus" (Lucas 6.35).

Um amor que transborda em atitudes certamente resultará em ação de graças a Deus, como Paulo diz que fazia sempre que se lembrava da fé e do amor de Filemom.

Mais do que isso, alguém que vive esse amor e dá testemunho dessa fé reanimará o coração das pessoas que o cercam! Paulo diz que era alegrado e consolado por ver a firme disposição de Filemom em viver conforme os princípios de Cristo.

"Seu amor me tem dado grande alegria e consolação, porque você, irmão, tem reanimado o coração dos santos." (Filemom 1.7)

Que nesse tempo tão propício, Deus nos permita ser como Filemom: dar bom testemunho da fé em Jesus e revelar o amor Dele através das nossas vidas, sendo instrumento para glorificar ao Pai e animar todas as pessoas à nossa volta.

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Decisões impensadas, consequências desastrosas

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"Josafá tinha grande riqueza e honra, e aliou-se a Acabe mediante casamento...Então o rei de Israel e Josafá, rei de Judá, foram atacar Ramote-Gileade. E o rei de Israel disse a Josafá: "Entrarei disfarçado em combate, mas tu, usa as tuas vestes reais". O rei de Israel disfarçou-se, e ambos foram para o combate. O rei da Síria havia ordenado a seus chefes dos carros de guerra: "Não lutem contra ninguém, seja soldado seja oficial, senão contra o rei de Israel". Quando os chefes dos carros viram Josafá, pensaram: "É o rei de Israel", e o cercaram para atacá-lo, mas Josafá clamou, e o Senhor o ajudou. Deus os afastou dele, pois, quando os comandantes dos carros viram que não era o rei de Israel, deixaram de persegui-lo."

(2 Crônicas 18.1;28-32)

Josafá, rei de Judá era um homem que temia a Deus, mas se aliou com Acabe, ímpio rei de Israel. Como era costume na época, casou-se com a filha de Acabe para sacramentar a aliança, e, de repente, passou a fazer parte de uma das famílias reais mais malignas da história do povo hebraico.

Como era de se esperar, teve que assumir compromissos junto à sua nova família e viu-se enredado na iniciativa de guerra que seu sogro lhe propôs, lutando contra o povo de Ramote-Gileade. Antes de irem à guerra, Josafá insistiu que consultassem ao Senhor e, a princípio, os reis receberam palavras animadoras dos "profetas": vão à guerra e terão vitória!

Mas, o rei Josafá estava incomodado. Apesar das muitas palavras de vitória, ele pergunta ao rei Acabe se havia mais algum profeta a consultar (v.6). Coincidentemente, faltava mais um profeta,
que Acabe não gostava muito, pois sempre falava aquilo que vinha do Senhor...Quando esse profeta é chamado, deixa claro que aquela guerra era a declaração de morte do rei Acabe: ele morreria no campo de batalha.

Mesmo ouvindo essa palavra, Josafá topa ir à guerra. Chegando no campo de batalha, as coisas pioram ainda mais: com medo, seu sogro decide ir disfarçado, mas ele deveria seguir com as vestes reais, transformando - se num alvo fácil.

Essa decisão quase o condena à morte, não fosse a misericórdia do Senhor: ele foi atacado pelos sírios, mas esses, quando perceberam que não era o rei de Israel, deixaram de persegui-lo.

Decisões impensadas e alianças fora dos propósitos de Deus podem trazer consequências desastrosas para as nossas vidas. E sabe o que é pior? Certas situações para as quais abrimos portas em nossa geração, tornam-se cilada para as gerações posteriores!

A relação que Josafá criou com a ímpia família de Acabe gerou algum prejuízo para ele, mas nada comparável com a destruição causada na geração de seus filhos e netos, com consequências para todo o povo de Judá.

Seu filho e sucessor Jeorão também casou com uma filha de Acabe, tendo aquele contexto ímpio como exemplo. E a Bíblia diz o seguinte a respeito dele:

"Andou nos caminhos dos reis de Israel, como a família de Acabe havia feito, pois se casou com uma filha de Acabe. E fez o que o Senhor reprova." (2 Crônicas 21.6)

Jeorão acabou por matar seus irmãos para consolidar seu trono e estabeleceu altares idólatras em honra a outros deuses. Ele reinou por pouco tempo e depois foi sucedido por seu filho Acazias, que também devido à relação com a família de Acabe, acabou morto (veja 2 Crõnicas 22.7;9)

Portanto, tome cuidado com as portas que suas decisões abrem e as alianças nas quais você se envolve, pois isso será benção ou maldição para sua vida e certamente afetará as próximas gerações.
Peça direção e sabedoria ao Senhor, a fim de andar sempre no propósito dEle para a sua vida!


Sejam a Luz do Mundo: a prática das boas obras

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"E, também, ninguém acende uma candeia e a coloca debaixo de uma vasilha. Pelo contrário, coloca-a no lugar apropriado, e assim ilumina a todos os que estão na casa. Assim brilhe a luz de vocês diante dos homens, para que vejam as suas boas obras e glorifiquem ao Pai de vocês, que está nos céus". (Mateus 5.15-16)

Lâmpada não existe para ficar escondida; é da natureza da própria luz buscar alguma brecha para aparecer!

No texto acima, Jesus ressalta essa característica das candeias (as lâmpadas de antigamente) e fala sobre um lugar apropriado para a luz, a fim de que ela cumpra a sua finalidade. Em seguida, Cristo faz uma analogia, apontando todo filho de Deus como a "luz do mundo" e indicando que é necessário se posicionar em um local onde possa emitir o seu brilho, que é traduzido em nossas vidas como "boas obras".

Mas o que são "boas obras"?: São as práticas que Deus preparou para que tivéssemos e que refletem a conduta de Cristo enquanto esteve aqui na terra.
Jesus fala sobre aqueles que estenderam a mão para o nu, o faminto, o estrangeiro e indica que estes serão recebidos em Seu Reino (Mateus 25.34-40), mas também fala que caridade não basta:  é necessário conhecê-lo, pois nem todos que o chamam de Senhor e agem usando Seu nome, tem verdadeiro relacionamento com Ele (Mateus 7.21-23)

O Filho de Deus precisa se esforçar para realizar boas obras?: Não, basta ao filho de Deus andar conforme o Espírito Santo, pois a Palavra diz que nós "somos feitura sua, criados em Cristo Jesus para as boas obras que, de antemão Ele preparou para que nós as praticássemos" (Efésios 2.9). Ou seja, há uma natureza criada por Deus em todo aquele que crê em Cristo que nos prepara para uma prática de vida que o honre - ou seja, não são as boas-obras que nos purificam, mas é a ação do Espírito que nos apronta para agirmos de uma maneira abençoadora.

Que lugar é esse em que um Filho de Deus precisa se posicionar?: O lugar adequado é junto às pessoas, aos seus próximos. Eles são o alvo que Deus quer atingir através das nossas boas obras. Jesus deixa um novo mandamento: que nos amemos uns aos outros, assim como Ele nos amou (João 13.34) e isso vai muito além de um sentimento, mas indica uma prática de vida doadora.

No que resultam essas boas obras?: A finalidade é glorificar o nome de Cristo e ressaltar a nossa identidade como filhos de Deus. Desse modo, seremos instrumentos para testemunhar dEle a todos os homens, como a fala de Jesus indica em Mateus 5.16.

Sejam a luz do mundo! Essa é a direção de Cristo para todo filho de Deus. Que a luz dEle possa brilhar através de você, abençoando vidas e glorificando ao nosso Pai!

Examine-se a si mesmo!

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"Examinem-se para ver se vocês estão na fé; provem a vocês mesmos. Não percebem que Cristo Jesus está em vocês? A não ser que tenham sido reprovados!"
(2 Coríntios 13.5)

Quantas vezes paramos para avaliar a nossa fé? Apesar de alguns pensarem na fé como algo subjetivo ou intangível, Paulo dá a entender que é possível "tocar" na fé de alguém e nos exorta a examinar a nossa própria fé, como alguém que avalia se está seguindo um determinado caminho.

Ele parece indicar que há uma conduta esperada para aqueles que amam a Deus e deixa claro que serão sinais visíveis em nossa prática de vida, se Jesus estiver realmente agindo em nós.

Na segunda carta aos Coríntios, o apóstolo explicita pelo menos 3 características que são esperadas na vida de um cristão:

1. SANTIDADE:
"Amados, visto que temos essas promessas, purifiquemo-nos de tudo o que contamina o corpo e o espírito, aperfeiçoando a santidade no temor de Deus."
(2 Coríntios 7.1)

Todo aquele que ama a Deus tem desejo de agradá-lo e a melhor maneira de agradar ao Senhor é obedecendo aos seus mandamentos. Por isso, o cristão está sempre inclinado a conhecer mais sobre aquilo que está no coração de Deus e, mais do que isso, busca praticar todas as coisas que aprende.

Como está a sua santidade? Tem buscado conhecer mais a vontade de Deus? Tem evitado as ações e pensamentos que contaminam o seu corpo e mente, como a maledicência, a cobiça sexual, a inveja e a ganância?

2. UNIDADE:
"Sem mais, irmãos, despeço-me de vocês! Procurem aperfeiçoar-se, exortem-se mutuamente , tenham um só pensamento, vivam em paz. E o Deus de amor e paz estará com vocês."
(2 Coríntios 13.11)

O verdadeiro cristão busca a unidade com seus irmãos. O que isso significa? Que nosso relacionamento com o próximo deve estar mediado pelos princípios de Cristo e assim, tudo que fizermos e pensarmos revele o seu Reino em nossas relações. Para isso, precisamos ter um coração quebrantado: a humildade necessária para receber uma exortação feita em amor e também a responsabilidade para repreender o nosso irmão, quando for necessário. Tudo isso para que possamos ser edificados uns pelos outros, aprendendo a viver em paz e refletindo a imagem do Senhor em nossos relacionamentos.

Você tem andado em unidade? Tem sido humilde para ouvir a repreensão de um irmão em Cristo e responsável o suficiente para exortar alguém que está andando longe dos caminhos de Deus?

3. GENEROSIDADE:
"Vocês serão enriquecidos de todas as formas, para que possam ser generosos em qualquer ocasião e, por nosso intermédio, a sua generosidade resulte em ação de graças a Deus."
(2 Coríntios 9.11)

O cristão é generoso, pois é isso que aprende do seu Pai. E deve usar tudo aquilo que está a seu alcance para abençoar outras vidas, em todas as ocasiões. Esse desprendimento e doação resultarão em glórias a Deus, pois as pessoas verão em nós aquilo que Cristo é.

Ao examinar a si mesmo, você vê alguém generoso? Você é conhecido como alguém que é doador de suas habilidades e recursos para o bem de outros?

A nossa fé em Deus se revela através das nossas ações. Portanto, todo cristão deve examinar-se a si mesmo, para que não se engane, mas mantenha-se firme e atento à transformação do Espírito Santo em seu caráter.

Obedecendo a um bom Senhor

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"Mas agora que vocês foram libertados do pecado e se tornaram escravos de Deus, o fruto que colhem leva à santidade, e o seu fim é a vida eterna."  (Romanos 6.22)

Ao longo de todo o capítulo 6 de Romanos, o apóstolo Paulo fala a respeito do conceito chamado por estudiosos de "servo-arbitrio".

Esse entendimento diz que após o pecado, o homem perde o seu livre-arbítrio, sua natureza terrena é modificada e ele passa a ser oferecido como escravo, seja do pecado ou da obediência à Deus.

Cada uma dessas frentes têm a sua consequência: o pecado leva à morte; a obediência, leva à justiça.
Veja Romanos 6.16:

"Não sabem que, quando vocês se oferecem a alguém para lhe obedecer como escravos, tornam-se escravos daquele a quem obedecem: escravos do pecado que leva à morte, ou da obediência que leva à justiça?"

Quando o Espírito Santo opera em nosso coração, promovendo a convicção de pecado e o arrependimento, Ele nos converte totalmente a si como "escravos da justiça". Além disso, Ele nos redime e dá o poder necessário para viver uma vida segundo os princípios de Cristo.

No entanto, esse não é um processo que gera independência - pelo contrário, continuamos dependendo da ação do Espírito em nós para ouvir as palavras do nosso Senhor, ter sensibilidade para discernir Sua vontade e obedecer.

Contudo, a promessa nos diz que é muito melhor ser escravo da obediência do que escravo do pecado: o fruto que os obedientes geram leva à santidade e o seu fim é a vida eterna; enquanto o salário do pecado é a morte eterna, separação total de Deus.

Portanto, tenhamos em mente que recebemos "liberdade" do pecado, mas isso não nos fala sobre independência. Pelo contrário, devemos nos submeter ao nosso misericordioso, amoroso e bondoso Senhor, para vivermos em obediência à Sua vontade e colhermos o privilégio de viver eternamente em Sua glória!

Não confunda liberdade com libertinagem, mas se submeta totalmente em obediência à Deus!

Aquele que está de pé, cuide para que não caia!

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"Porque não quero, irmãos, que vocês ignorem o fato de que todos os nossos antepassados estiveram sob a nuvem e todos passaram pelo mar. Em Moisés, todos eles foram batizados na nuvem e no mar. Todos comeram do mesmo alimento espiritual e beberam da mesma bebida espiritual; pois bebiam da rocha espiritual que os acompanhava, e essa rocha era Cristo. Contudo, Deus não se agradou da maioria deles; por isso os seus corpos ficaram espalhados no deserto." (1 Coríntios 10.1-5)

Como pessoas que recebem direção e provisão divinas podem fracassar no caminho?

Como gente que viu a ação poderosa de Deus pode perecer por negligenciar a Sua vontade?

A Palavra diz que o povo de Israel perdeu-se no deserto apesar de receber maná dos céus e ter a nuvem/coluna de fogo para guiá-los.

O que aconteceu? Israel perdeu o seu alinhamento espiritual com o Senhor. Apesar de serem beneficiários da "direção terrena", perderam a "direção espiritual". Apesar de não faltar provisão física, deixaram de alimentar a alma.

Ao endurecer o coração, seguiram a trilha de afastamento do Senhor: não resistiram às tentações da cobiça, da idolatria, da imoralidade, da murmuração...Colocaram Deus à prova e foram julgados. Uma geração inteira perdeu-se no deserto.

O exemplo está na Bíblia para nossa edificação: aquele que está de pé, cuide para que não caia! (v.12). Se fosse possível a esta geração de Israel explicar o seu desvio, dificilmente saberiam dizer onde efetivamente ocorreu: certamente, não foi na hora em que fizeram o bezerro de ouro, ou que pediram carne ao invés de maná; antes de se concretizar em ações, o coração já havia se afastado.

Por isso, zele pela sua vida! Por onde passeia a sua mente? No que seu coração tem se apegado? Sem a devida atenção, um piscar de olhos é suficiente para sair da rota traçada por Deus e enveredar um caminho de destruição e afastamento do propósito que Ele tem para as nossas vidas.

Benefícios e Responsabilidades

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"Jesus e os seus discípulos dirigiram-se para os povoados nas proximidades de Cesaréia de Filipe. No caminho, ele lhes perguntou: "Quem o povo diz que eu sou? "
Eles responderam: "Alguns dizem que és João Batista; outros, Elias; e, ainda outros, um dos profetas". "E vocês? ", perguntou ele. "Quem vocês dizem que eu sou? " Pedro respondeu: "Tu és o Cristo". Jesus os advertiu que não falassem a ninguém a seu respeito. Então ele começou a ensinar-lhes que era necessário que o Filho do homem sofresse muitas coisas e fosse rejeitado pelos líderes religiosos, pelos chefes dos sacerdotes e pelos mestres da lei, fosse morto e três dias depois ressuscitasse. Ele falou claramente a esse respeito. Então Pedro, chamando-o à parte, começou a repreendê-lo. Jesus, porém, voltou-se, olhou para os seus discípulos e repreendeu Pedro, dizendo: "Para trás de mim, Satanás! Você não pensa nas coisas de Deus, mas nas dos homens"."
(Marcos 8.27-33)

Assim que Jesus confirma a sua identidade, Ele também faz questão de revelar aos discípulos a extensão de sua responsabilidade.

Ser o Cristo, o Filho do Deus vivo não era apenas usufruir do benefício do poder de Deus, realizando curas, milagres e observando a admiração do povo com tudo que acontecia; acima de tudo, era ser humilhado pelos mestres da lei, sofrer dores e padecer, até que viesse a glorificação, no dia da ressurreição.

É claro que não lidamos bem com as responsabilidades de nossos papéis. Portanto, Pedro nos representa bem quando é capaz de discernir a identidade, mas não lida bem com a responsabilidade de Cristo: ele tenta fazer Jesus voltar atrás na sua afirmação de responsabilidade e quem sabe, gozar apenas dos benefícios de ser o Messias.

Mas Jesus - que acabara de elogiá-lo (vide Mateus 16.17) - o repreende e identifica o ardil de Satanás. Isso nos ensina um princípio: não há como viver plenamente a identidade e só participar dos benefícios. É preciso assumir a responsabilidade!

Sempre que quisermos viver apenas os benefícios da nossa identidade, estaremos tentando salvar a nós mesmos. E isso resultará em perda para nós, pois é assim que Deus determinou as coisas.

Toda identidade, todo propósito estabelecido pelo Senhor para as nossas vidas vem carregado com a capacitação necessária (os "benefícios") para nos habilitar a dar conta do tamanho da responsabilidade.

Se quisermos nos associar à identidade para usufruir apenas dos "benefícios", não devemos nos enganar: acabaremos perdendo tudo, inclusive a nossa alma!

Por exemplo, Deus tinha um propósito: alimentar o povo de Israel.

Qual foi a capacitação/benefício que Ele concedeu? O maná.
Qual era a responsabilidade do povo? Sair todas as manhãs, colher o maná e depois preparar o alimento a partir dEle.
Quando o povo perverteu a responsabilidade (tentou colher mais maná num dia, para sobrar no outro e utilizá-lo), o que aconteceu? O maná estragou, se perdeu!

Não dá para salvar algo que foi concedido para um propósito específico!

Agora, quando atingimos a maturidade de usar a capacitação que Deus nos deu a serviço do propósito para o qual Ele nos criou, daremos conta da nossa responsabilidade.

Aos olhos de quem não tem discernimento espiritual, pode parecer que estaremos perdendo a nossa vida, mas Jesus nos garante que estaremos ganhando!

Só quando assumirmos a responsabilidade do propósito de Deus para nós é que viveremos a verdadeira vida, alcançando a estatura espiritual que Jesus nos preparou.

Nunca faltará a provisão/capacitação necessária àqueles que se dispuserem integralmente a assumir as responsabilidades condizentes com a sua identidade diante de Deus.

Astúcia e pureza: características de um discípulo de Cristo

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"Eu os estou enviando como ovelhas no meio de lobos. Portanto, sejam astutos como as serpentes e sem malícia como as pombas." (Mateus 10.16)

No primeiro envio dos discípulos para pregar o Reino dos Céus, Jesus compartilha um alerta que também serve a nós: vocês serão enviados a um ambiente hostil.

Ninguém que ama a Deus será plenamente aceito pelo mundo, pois os princípios, valores e, especialmente, a prática de vida do cristão são muito divergentes daquelas que dominam esta terra.

Cristo orienta seus discípulos para um estado de quase guerra, onde, por vezes, os principais adversários serão as pessoas mais próximas.

Diante disso, Ele aconselha seus discípulos a ter um estilo de conduta regrado por dois tipos de comportamento: a astúcia e a pureza.

Astúcia significa "esperteza, manha, sagacidade" no dicionário. Em uma primeira observação, pode parecer uma característica contraditória ao estereótipo que temos para um filho de Deus, mas, na verdade, indica que aqueles que crêem em Cristo precisam estar plenamente atentos ao contexto em que estão inseridos e ser capazes de aprender ou interpretar algo através de indicações simples. O cristão precisa ser um grande "leitor" da realidade em que está vivendo, para aproveitar as oportunidades de testemunhar sobre a sua fé; para fugir das armadilhas que o mundo preparará para destruir, senão a nossa vida, a nossa relação com Deus.

Mas esse "comportamento" precisa estar unido à pureza, pois essa é a base que mantém a astúcia sendo utilizada a serviço do Reino. A busca pela pureza define a vida do crente e este deve ter consciência que não pode alcançar essa condição por esforços humanos, mas por uma entrega cada vez mais completa e definitiva à direção e vontade de Deus. Ao viver em busca de pureza, traçamos limites claros para nossa conduta, que exibem a santidade operada em nós através do Espírito Santo.

Ser um discípulo de Cristo exige uma conduta diferenciada, baseada na astúcia e na pureza.

Mesmo em ambiente hostil, se vivermos dessa maneira, seremos capazes de guardar o nosso coração e honrar a Deus com a nossa vida!

Vocês os reconhecerão por seus frutos

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“Cuidado com os falsos profetas. Eles vêm a vocês vestidos de peles de ovelhas, mas por dentro são lobos devoradores. Vocês os reconhecerão por seus frutos. Pode alguém colher uvas de um espinheiro ou figos de ervas daninhas?" (Mateus 7.15‭-‬16)

Discernir se alguém serve verdadeiramente a Deus somente é possível através do conhecimento dos seus frutos.

Jesus diz que só uma vida transformada pode gerar frutos bons. Mesmo com todo esforço, uma pessoa má não poderá gerar um fruto bom.

Mas sobre o que Jesus falava quando referenciava o "fruto"?
Será que são as ações dessas pessoas em favor do Reino de Deus?

A continuidade do texto dá a entender que não, pois em Mateus 7.22-23, Jesus diz que certas pessoas que trabalharam pelo Reino de Deus não serão reconhecidas por Ele no dia final:

"Muitos me dirão naquele dia: ‘Senhor, Senhor, não profetizamos em teu nome? Em teu nome não expulsamos demônios e não realizamos muitos milagres?’ Então eu lhes direi claramente: Nunca os conheci. Afastem-se de mim vocês que praticam o mal!"
(Mateus 7.22‭-‬23)

Quando Jesus fala de fruto, Ele fala sobre como a prática de vida daquelas pessoas concilia-se (ou não) com a vontade do Pai.

Jesus declara que aos obedientes está reservado o Reino dos Céus e que todos aqueles que praticam o mal serão impedidos de entrar neste Reino.

“Nem todo aquele que me diz: ‘Senhor, Senhor’, entrará no Reino dos céus, mas apenas aquele que faz a vontade de meu Pai que está nos céus."
(Mateus 7.21)

Agora, como entender o que é fruto "bom" e fruto "ruim"?

Para isso, precisamos pedir a ajuda do apóstolo Paulo! Ele detalha no livro de Gálatas quais são os frutos provenientes de quem tem uma conduta segundo os desejos da carne e também sobre o que procede daquele que anda conforme o Espírito de Deus:

"Porque as obras da carne são manifestas, as quais são: adultério, fornicação, impureza, lascívia, idolatria, feitiçaria, inimizades, porfias, emulações, iras, pelejas, dissensões, heresias, invejas, homicídios, bebedices, glutonarias, e coisas semelhantes a estas, acerca das quais vos declaro, como já antes vos disse, que os que cometem tais coisas não herdarão o reino de Deus.
Mas o fruto do Espírito é: amor, gozo, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão, temperança. Contra estas coisas não há lei."
(Gálatas 5.19-23)

Quais frutos a sua vida têm dado? O que eles testificam a respeito de você?

Submeta-se ao Espírito Santo e receba dEle poder para viver uma vida que frutifique bons frutos, para a glória de Deus!

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