Aquele que está de pé, cuide para que não caia!

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"Porque não quero, irmãos, que vocês ignorem o fato de que todos os nossos antepassados estiveram sob a nuvem e todos passaram pelo mar. Em Moisés, todos eles foram batizados na nuvem e no mar. Todos comeram do mesmo alimento espiritual e beberam da mesma bebida espiritual; pois bebiam da rocha espiritual que os acompanhava, e essa rocha era Cristo. Contudo, Deus não se agradou da maioria deles; por isso os seus corpos ficaram espalhados no deserto." (1 Coríntios 10.1-5)

Como pessoas que recebem direção e provisão divinas podem fracassar no caminho?

Como gente que viu a ação poderosa de Deus pode perecer por negligenciar a Sua vontade?

A Palavra diz que o povo de Israel perdeu-se no deserto apesar de receber maná dos céus e ter a nuvem/coluna de fogo para guiá-los.

O que aconteceu? Israel perdeu o seu alinhamento espiritual com o Senhor. Apesar de serem beneficiários da "direção terrena", perderam a "direção espiritual". Apesar de não faltar provisão física, deixaram de alimentar a alma.

Ao endurecer o coração, seguiram a trilha de afastamento do Senhor: não resistiram às tentações da cobiça, da idolatria, da imoralidade, da murmuração...Colocaram Deus à prova e foram julgados. Uma geração inteira perdeu-se no deserto.

O exemplo está na Bíblia para nossa edificação: aquele que está de pé, cuide para que não caia! (v.12). Se fosse possível a esta geração de Israel explicar o seu desvio, dificilmente saberiam dizer onde efetivamente ocorreu: certamente, não foi na hora em que fizeram o bezerro de ouro, ou que pediram carne ao invés de maná; antes de se concretizar em ações, o coração já havia se afastado.

Por isso, zele pela sua vida! Por onde passeia a sua mente? No que seu coração tem se apegado? Sem a devida atenção, um piscar de olhos é suficiente para sair da rota traçada por Deus e enveredar um caminho de destruição e afastamento do propósito que Ele tem para as nossas vidas.

Benefícios e Responsabilidades

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"Jesus e os seus discípulos dirigiram-se para os povoados nas proximidades de Cesaréia de Filipe. No caminho, ele lhes perguntou: "Quem o povo diz que eu sou? "
Eles responderam: "Alguns dizem que és João Batista; outros, Elias; e, ainda outros, um dos profetas". "E vocês? ", perguntou ele. "Quem vocês dizem que eu sou? " Pedro respondeu: "Tu és o Cristo". Jesus os advertiu que não falassem a ninguém a seu respeito. Então ele começou a ensinar-lhes que era necessário que o Filho do homem sofresse muitas coisas e fosse rejeitado pelos líderes religiosos, pelos chefes dos sacerdotes e pelos mestres da lei, fosse morto e três dias depois ressuscitasse. Ele falou claramente a esse respeito. Então Pedro, chamando-o à parte, começou a repreendê-lo. Jesus, porém, voltou-se, olhou para os seus discípulos e repreendeu Pedro, dizendo: "Para trás de mim, Satanás! Você não pensa nas coisas de Deus, mas nas dos homens"."
(Marcos 8.27-33)

Assim que Jesus confirma a sua identidade, Ele também faz questão de revelar aos discípulos a extensão de sua responsabilidade.

Ser o Cristo, o Filho do Deus vivo não era apenas usufruir do benefício do poder de Deus, realizando curas, milagres e observando a admiração do povo com tudo que acontecia; acima de tudo, era ser humilhado pelos mestres da lei, sofrer dores e padecer, até que viesse a glorificação, no dia da ressurreição.

É claro que não lidamos bem com as responsabilidades de nossos papéis. Portanto, Pedro nos representa bem quando é capaz de discernir a identidade, mas não lida bem com a responsabilidade de Cristo: ele tenta fazer Jesus voltar atrás na sua afirmação de responsabilidade e quem sabe, gozar apenas dos benefícios de ser o Messias.

Mas Jesus - que acabara de elogiá-lo (vide Mateus 16.17) - o repreende e identifica o ardil de Satanás. Isso nos ensina um princípio: não há como viver plenamente a identidade e só participar dos benefícios. É preciso assumir a responsabilidade!

Sempre que quisermos viver apenas os benefícios da nossa identidade, estaremos tentando salvar a nós mesmos. E isso resultará em perda para nós, pois é assim que Deus determinou as coisas.

Toda identidade, todo propósito estabelecido pelo Senhor para as nossas vidas vem carregado com a capacitação necessária (os "benefícios") para nos habilitar a dar conta do tamanho da responsabilidade.

Se quisermos nos associar à identidade para usufruir apenas dos "benefícios", não devemos nos enganar: acabaremos perdendo tudo, inclusive a nossa alma!

Por exemplo, Deus tinha um propósito: alimentar o povo de Israel.

Qual foi a capacitação/benefício que Ele concedeu? O maná.
Qual era a responsabilidade do povo? Sair todas as manhãs, colher o maná e depois preparar o alimento a partir dEle.
Quando o povo perverteu a responsabilidade (tentou colher mais maná num dia, para sobrar no outro e utilizá-lo), o que aconteceu? O maná estragou, se perdeu!

Não dá para salvar algo que foi concedido para um propósito específico!

Agora, quando atingimos a maturidade de usar a capacitação que Deus nos deu a serviço do propósito para o qual Ele nos criou, daremos conta da nossa responsabilidade.

Aos olhos de quem não tem discernimento espiritual, pode parecer que estaremos perdendo a nossa vida, mas Jesus nos garante que estaremos ganhando!

Só quando assumirmos a responsabilidade do propósito de Deus para nós é que viveremos a verdadeira vida, alcançando a estatura espiritual que Jesus nos preparou.

Nunca faltará a provisão/capacitação necessária àqueles que se dispuserem integralmente a assumir as responsabilidades condizentes com a sua identidade diante de Deus.

Astúcia e pureza: características de um discípulo de Cristo

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"Eu os estou enviando como ovelhas no meio de lobos. Portanto, sejam astutos como as serpentes e sem malícia como as pombas." (Mateus 10.16)

No primeiro envio dos discípulos para pregar o Reino dos Céus, Jesus compartilha um alerta que também serve a nós: vocês serão enviados a um ambiente hostil.

Ninguém que ama a Deus será plenamente aceito pelo mundo, pois os princípios, valores e, especialmente, a prática de vida do cristão são muito divergentes daquelas que dominam esta terra.

Cristo orienta seus discípulos para um estado de quase guerra, onde, por vezes, os principais adversários serão as pessoas mais próximas.

Diante disso, Ele aconselha seus discípulos a ter um estilo de conduta regrado por dois tipos de comportamento: a astúcia e a pureza.

Astúcia significa "esperteza, manha, sagacidade" no dicionário. Em uma primeira observação, pode parecer uma característica contraditória ao estereótipo que temos para um filho de Deus, mas, na verdade, indica que aqueles que crêem em Cristo precisam estar plenamente atentos ao contexto em que estão inseridos e ser capazes de aprender ou interpretar algo através de indicações simples. O cristão precisa ser um grande "leitor" da realidade em que está vivendo, para aproveitar as oportunidades de testemunhar sobre a sua fé; para fugir das armadilhas que o mundo preparará para destruir, senão a nossa vida, a nossa relação com Deus.

Mas esse "comportamento" precisa estar unido à pureza, pois essa é a base que mantém a astúcia sendo utilizada a serviço do Reino. A busca pela pureza define a vida do crente e este deve ter consciência que não pode alcançar essa condição por esforços humanos, mas por uma entrega cada vez mais completa e definitiva à direção e vontade de Deus. Ao viver em busca de pureza, traçamos limites claros para nossa conduta, que exibem a santidade operada em nós através do Espírito Santo.

Ser um discípulo de Cristo exige uma conduta diferenciada, baseada na astúcia e na pureza.

Mesmo em ambiente hostil, se vivermos dessa maneira, seremos capazes de guardar o nosso coração e honrar a Deus com a nossa vida!

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