Não em Palavras, mas em Poder: Uma Prática de Vida Diferente
O entendimento de Jesus foi o entendimento que Paulo capturou depois: o reino de Deus não consiste em palavras, mas em poder.
Aqueles que vivem apenas de palavras, estão enganados, pois não estão no reino de Deus.
O Reino de Deus é poder, que vem através de Cristo, para que possamos ter uma prática de vida diferente!
Leia a primeira parte deste estudo, "Não em Palavras, mas em Poder: A Constituição do Reino de Deus", clicando aqui.
O Reino de Deus é poder, que vem através de Cristo, para que possamos ter uma prática de vida diferente.
Esse poder de Deus nos capacita a:
* Viver uma vida em santificação!
"Por isso digo: vivam pelo Espírito, e de modo nenhum satisfarão os desejos da carne."
(Gálatas 5.16)
A Palavra de Deus diz que ao andar no Espírito, não satisfaremos os desejos da carne.
Só o poder de Deus, através do Seu Espírito, pode operar em nós para produzir fruto e crucificar a carne e as concupiscências.
Ao viver em um reino de palavras, os frutos da nossa carne é que prosperarão. Não evoluiremos em santificação, ficaremos estagnados em nossa vida espiritual.
Porém, quando nos colocamos debaixo do poder de Deus, somos capacitados a vencer o pecado!
E mesmo quando pecarmos, seremos convencidos do erro pelo Espírito Santo e desafiados a mudar de caminho, para andar de um modo que glorifique o Senhor.
* A ser testemunha do Evangelho!
"Mas receberão poder quando o Espírito Santo descer sobre vocês, e serão minhas testemunhas em Jerusalém, em toda a Judéia e Samaria, e até os confins da terra".
(Atos 1.8)
Uma das consequências mais claras de entender que o reino de Deus não consiste em palavras, mas em poder é ser testemunha do Evangelho.
A Palavra deixa claro que quando vivemos debaixo do poder de Deus, seremos testemunhas de Sua mensagem.
É sintomático ver que aqueles que levam a vida em um reino de Deus meramente intelectual, apesar de tentarem usar todo o seu poder de convencimento, dão pouco testemunho de quem Jesus é.
Isso porque suas vidas são ocas! Não há consistência em sua prática de vida!
Mas ao viver o poder do Reino de Deus, damos testemunho do Evangelho! Isso vai além de sair pregando por todo lugar que passamos, mas a prática de vida chama a atenção das pessoas para Cristo!
Precisamos do poder de Deus para viver uma vida que testemunhe sobre Jesus e Sua obra de salvação, por amor a nós!
* A andar em autoridade!
A Palavra conta que certos homens em Éfeso ao ver o poder que havia na vida de Paulo, começaram a tentar expulsar demônios, invocando o nome do Senhor.
Eles falavam: 'Te expulso por Jesus a quem Paulo prega.'
Eles tentaram usar as palavras para se fazer participantes do poder.
Mas o demônio deixou bem claro a eles: Eu conheço a Jesus e sei bem quem é Paulo. Mas e vocês, quem são?
Em seguida, o homem possuído partiu para cima dos sete filhos de Ceva, os espancou e rasgou as suas roupas, de modo que ficaram envergonhados. (Atos 19.13-15)
Essa situação não deve causar temor em relação aos demônios ou algo do gênero. Deve gerar temor em andar por aí apenas com as palavras de crente, com os louvores de crente na boca, mas sem uma vida cheia do poder do Senhor.
Só cheios do poder do Senhor podemos andar em autoridade para vencer os demônios, para orar pelos doentes, para ver milagres em nome de Cristo. A única maneira de andar em autoridade é vivendo um relacionamento vivo com o Senhor!
Que tipo de reino você tem vivido em sua vida?
É este reino semelhante aos coríntios, cheio de palavras, conhecimento intelectual, mas vazio do poder de Deus?
Hoje é dia de se posicionar verdadeiramente no reino de Deus, um reino de poder para uma prática de vida diferente, que honre a Cristo e testemunhe a respeito dEle!
Não em Palavras, mas em Poder: A Constituição do Reino de Deus
"Pois o Reino de Deus não consiste de palavras, mas de poder." (1 Coríntios 4.20)
Neste capítulo 4 de I Coríntios, o apóstolo Paulo faz uma dura repreensão aos irmãos em Corinto.
Ele diz que os irmãos gastavam muito tempo defendendo pontos de vista, dividindo-se em grupos (uns dizendo que eram de Paulo, outros de Apolo), o que os levava a discussões que endureciam os seus corações.
O Evangelho havia ganhado no meio deles um peso intelectual muito grande. As palavras tinham muita relevância. Todos buscavam mostrar-se sábios e conhecedores dos ensinamentos. No entanto, esse peso intelectual não estava trazendo edificação/crescimento Pelo contrário, trazia enfraquecimento.
Apesar de eles estarem sempre falando a respeito do Evangelho e de assuntos paralelos a isso, as suas vidas não aparentavam ter poder de Deus. Isso ficava comprovado pela maneira como eles viviam:
I Coríntios 5.1 diz que havia fornicação no meio deles, mas não havia entristecimento pelo pecado;
I Coríntios 6 fala que os irmãos tinham questões entre si e precisavam ir perante injustos para resolvê-las.
Paulo precisou deixar claro no vers. 10 deste capítulo que os devassos, os idólatras, os adúlteros, os efeminados, os ladrões, os avarentos, os bêbados não herdarão o reino de Deus.
Porém, Paulo deixa claro que irá visitá-los e então, irá conhecer não as palavras daqueles que estão ensoberbecidos, mas o poder deles, pois o Reino de Deus não consiste em palavras, mas em poder!
Quando Paulo fala isso, não significa que ele esteja desmerecendo o conhecimento.
Mas ele fala desse modo, por entender a natureza da missão de Jesus nesta terra.
Quando Jesus veio à terra, Ele veio para estabelecer o Seu Reino, com base em sua vida, sua morte e ressurreição.
E Ele fez isso acima de tudo com poder aplicado à sua prática de vida. Jesus viveu nesta terra, sem pecado e efetuando milagres. Todo o conhecimento de Jesus foi utilizado em submissão ao poder de Deus.
As reflexões de Jesus eram simples, não eram baseadas em palavras rebuscadas e discussões abstratas, meramente intelectuais. Eram suas ações cheias de poder que testemunhavam que Jesus era o Filho de Deus. E era contra as pessoas que apenas carregavam palavras (os fariseus) a quem ele se opunha.
O entendimento de Jesus foi o entendimento que Paulo capturou depois: o reino de Deus não consiste em palavras, mas em poder.
Aqueles que vivem apenas de palavras, estão enganados, pois não estão no reino de Deus.
O Reino de Deus é poder, que vem através de Cristo, para que possamos ter uma prática de vida diferente!
Veja a segunda parte deste texto, "Não em Palavras, mas em Poder: Uma Prática de Vida Diferente", clicando aqui.
Pregação - Princípios sobre Generosidade
Pregação realizada em 03/12/2016, no TEENSIBP, o ministério de adolescentes da Igreja Bíblica da Paz.
"Atire o seu pão sobre as águas, e depois de muitos dias você tornará a encontrá-lo.
Reparta o que você tem com sete, até mesmo com oito, pois você não sabe que desgraça poderá cair sobre a terra." (Eclesiastes 11.1-2)
"Dá-nos hoje o nosso pão de cada dia." (Mateus 6.11)
"Pois somos feitura sua, criados em Cristo Jesus para as boas obras as quais de antemão, Deus preparou para que fizéssemos" (Efésios 2.10)
"Jesus olhou e viu os ricos colocando suas contribuições nas caixas de ofertas.Viu também uma viúva pobre colocar duas pequeninas moedas de cobre. E disse: "Afirmo-lhes que esta viúva pobre colocou mais do que todos os outros.Todos esses deram do que lhes sobrava; mas ela, da sua pobreza, deu tudo o que possuía para viver". " (Lucas 21.1-4)
"Seja a atitude de vocês a mesma de Cristo Jesus,que, embora sendo Deus, não considerou que o ser igual a Deus era algo a que devia apegar-se; mas esvaziou-se a si mesmo, vindo a ser servo, tornando-se semelhante aos homens. E, sendo encontrado em forma humana, humilhou-se a si mesmo e foi obediente até à morte, e morte de cruz!" (Filipenses 2.5-8)
"...Mais bem-aventurada coisa é dar do que receber". (Atos 20.35)
A Urgência de um Propósito
Existem momentos em que nos damos conta de como a vida é frágil e da urgência que temos de cumprir aquilo que Deus nos propõe. Momentos onde percebemos claramente a necessidade de ser intencionais e muito conscientes de nossas ações, deixando-as serem guiadas pelo Espírito, para alcançar maiores frutos.
Paulo parece ter enfrentado uma dose desta consciência em Atos 20: ao chegar na cidade de Trôade, pregou uma madrugada inteira, tentando aproveitar o tempo ao máximo e compartilhar com aquelas pessoas as boas-novas de Jesus (Atos 20.7-11); enquanto seus companheiros de viagem iam de barco, ele ia à pé, provavelmente para poder pregar o Evangelho (Atos 20.13-14); o apóstolo nem passou em Éfeso, preferiu chamar os presbíteros e lhes dar uma última recomendação, em uma despedida emocionada (Atos 20.16-38).
O motivo: Paulo sabia que estava a caminho de Jerusalém e lá provavelmente passaria os seus últimos sofrimentos.
Mesmo encarando a dureza do propósito que era reservado a ele, não pensava em capitular; pelo contrário, o seu desejo era cumprir plenamente a vontade de Deus para a sua vida.
Por isso, ficava claro diante de seus olhos a urgência em aproveitar cada momento que se colocava à sua frente, pois eram o pouco que ainda restavam de seus dias e deveriam ser utilizados do melhor modo. Assim, Paulo buscou aproveitar cada momento pregando, orientando e confortando os irmãos,
Que do mesmo modo, em meio às urgências que surgem em todas as áreas de nossa vida, tenhamos discernimento para não deixar as coisas de Deus relegadas a segundo plano, mas para andar "em urgência segundo o reino de Deus", sabendo que ao servir a Cristo, trabalhamos para um Reino eterno.
Aproveitemos todas as oportunidades que surgem diante de nós, para cumprir o propósito que o Senhor nos confere e honrá-lo com a nossa vida, nas mínimas e maiores coisas!
Pregação - Hora e Maneira Certa = Propósito de Deus
Pregação realizada na reunião do TEENSIBP, o ministerio de adolescentes da Igreja Bíblica da Paz, em 08/10/2016.
"Quem obedece às suas ordens não sofrerá mal algum, pois o coração sábio saberá a hora e a maneira certa de agir.Pois há uma hora certa e também uma maneira certa de agir para cada situação..." (Eclesiastes 8.5-6)
Nisso Pensai!
Às vezes, vivemos a vida cristã mais influenciados pelo desejo de "não errar" do que pela vontade de "acertar".
Parece que buscamos a consciência dos limites que indicam até onde podemos chegar sem fazer algo considerado errado ou mal, mas não nos inteiramos daquilo que é efetivamente desejável de se fazer.
Criamos em nossa mente e conduta uma zona cinzenta, onde nos esforçamos para não mentir, mas ao mesmo tempo não somos totalmente verdadeiros; nos esforçamos para não pecar, mas ao mesmo tempo, não buscamos totalmente a pureza.
A grande realidade é que estamos nos enganando. Essa zona cinzenta que tem lugar em nossa mente não existe na mente de Deus!
O apóstolo Paulo é usado pelo Espírito para indicar aquilo que deve dirigir o nosso pensamento.
"Quanto ao mais, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é honesto, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se há alguma virtude, e se há algum louvor, nisso pensai." (Filipenses 4.8)
Existe muita força no fato dele ter listado aquilo em que devemos pensar, ao invés de listar o que NÃO deve passar em nossa mente.
Jesus não quer ser limitador da nossa vida! Ele veio justamente para que não tivéssemos mais que pensar em como não fazer coisas erradas, mas para abrir o caminho para que pudéssemos dedicar TODA a mente pensando em fazer as coisas certas!
Sem Jesus, nossa mente é cheia de pensamentos enganosos e pecaminosos. Esses pensamentos conduzem a amargura, ressentimento e planos maldosos.
Com Jesus, podemos concentrar a nossa mente em tudo que é verdadeiro, puro e possui virtude.
Concentremos a nossa mente nisto! Não viva a vida limitando os seus pensamentos com as regras que indicam o que NÃO pode e na prática, testando os limites que te afastam do erro!
Viva o pleno potencial de pensar em tudo que é bom e esse pensamento te conduzirá a uma vida que honra a Deus.
Vivendo sob a Perspectiva da Morte
"É melhor ir a uma casa onde há luto que a uma casa em festa, pois a morte é o destino de todos; os vivos devem levar isso a sério!" (Eclesiastes 7.2)
A Palavra diz que devemos levar em consideração a morte. O sábio de Eclesiastes não a olhava como algo ruim. Ele chegou a dizer que melhor é o dia da morte do que o dia do nascimento (Eclesiastes 7.1).
Na verdade, ele nos aconselhava a levar a morte a sério! Não viver como quem busca fugir dessa perspectiva, mas encará-la de frente.
Isso é necessário porque, tendo em vista a perspectiva da morte, passamos a viver de uma outra maneira.
Quem leva em consideração a sua finitude, não tem tempo a desperdiçar; quem encara essa perspectiva, assimila rapidamente que precisa aproveitar todos os momentos e ser intencional em suas atitudes.
Viver com a perspectiva da morte, faz com que o deslumbramento do dinheiro, da fama e das posses perca sentido, visto que tudo isso fica nesta terra e o seu nome logo é esquecido.
A perspectiva da morte nos faz entender que as únicas coisas que permanecem são aquelas que são repartidas.
A perspectiva da morte nos faz refletir sobre a necessidade do equilíbrio e de separar um tempo para aproveitar o hoje, pois o amanhã é incerto.
A perspectiva da morte nos lembra que devemos viver como quem sabe que prestará contas.
Nos faz refletir que não podemos viver como o centro do universo e que existem princípios e valores divinos, os quais devemos reconhecer e humildemente ser regidos.
A perspectiva da morte deve nos levar à submissão a Jesus, o Filho de Deus. Crendo nele, recebemos a promessa de que o 'fechar os olhos' nesta terra é apenas um passo para a vida eterna nos céus!
"Disse-lhe Jesus: Eu sou a ressurreição e a vida; quem crê em mim, ainda que esteja morto, viverá;
E todo aquele que vive, e crê em mim, nunca morrerá. Crês tu isto?"
(João 11.25-26)
Não Deixe a Incerteza te Paralisar!
"Quem observa o vento não plantará; e quem olha para as nuvens não colherá... Plante de manhã a sua semente, e mesmo ao entardecer não deixe as suas mãos ficarem à toa, pois você não sabe o que acontecerá, se esta ou aquela produzirá, ou se as duas serão igualmente boas." (Eclesiastes 11.4;6)
A vida é cercada por inúmeras incertezas. De fato, não dá para saber se voltaremos para casa no fim do dia ou se acordaremos amanhã. O emprego que parece seguro pode estar por um fio, sem que você note. Os relacionamentos são tantas vezes instáveis.
Apesar de encararmos alguns aspectos da vida como fortalezas, a realidade é que
tudo ao nosso redor parece ser de substância frágil, obedecendo a um equilíbrio milimétrico, que pode ruir como um efeito dominó.
Contudo, esse grau de nebulosidade que cerca o futuro não pode nos paralisar!
Levando em conta as possibilidades de infortúnios que podem ocorrer, nos cercamos de precauções exacerbadas e demoramos a agir. Às vezes, assumimos a perspectiva do pior e ficamos paralisados.
Escolhemos a opção da inação e não percebemos que desse modo, perdemos a oportunidade de semear e futuramente, não desfrutaremos da colheita que tanto esperávamos.
Muitos afirmam que não agindo, estão sendo prudentes.
No entanto, prudência e inação são comportamentos totalmente diferentes!
A vida, em seus mais diversos desafios, exige que tomemos alguns riscos! Você não achará nada que traga um grande retorno sem um esforço semelhante.
Eclesiastes 11.6 nos orienta a abrir diferentes possibilidades, perante um cenário de risco! Semeie mais que uma semente! Invista em diferentes frentes!
Desse modo, você poderá ter opções no futuro, caso algo dê errado. Se, por outro lado, as duas sementes produzirem fruto, você será um bem-aventurado!
Esse é o comportamento prudente que devemos ter e ele não se refere somente a algo financeiro, mas deve ser aplicado em todas as esferas da nossa vida!
Somos orientados por Deus a esforçar as mãos e semear incessantemente, a despeito das tempestades que pareçam surgir no horizonte.
Em qualquer área da vida, esperar "céu de brigadeiro" para começar a agir, é ilusão! Não permita que más perspectivas te paralisem! Arregace as mangas, peça a ajuda de Deus e comece a agir com aquilo que está à tua mão para fazer!
O Poder da Compaixão
A melhor maneira de promover um arrependimento pode não ser uma pregação exaltando todas as falhas e defeitos das pessoas em questão.
Talvez a melhor maneira para promover arrependimento seja arrepender-se junto!
Foi isso que Esdras fez ao ver o pecado de muitos do seu povo, que se uniram com mulheres estrangeiras. A ordem de Deus era que eles não se misturassem com os outros povos da terra, por conta dos deuses estranhos que as outras nações adoravam, mas muitos dos exilados acabaram por fazer isso, inclusive alguns dos sacerdotes.
Esdras ficou indignado com aquela situação. Mas, ao invés de sair passando um sermão a todo o povo, ele rasgou suas vestes e começou a clamar a Deus por perdão e misericórdia para todos (Esdras 9).
A Palavra diz que:
"Enquanto Esdras estava orando e confessando, chorando prostrado diante do templo de Deus, uma grande multidão de israelitas, homens, mulheres e crianças, reuniram-se em volta dele. Eles também choravam amargamente" (Esdras 10.1).
Aquele povo sentiu o peso de seu pecado a partir da oração de arrependimento de Esdras. Mas perceba: Esdras não havia cometido aquele pecado diretamente! Porém, ele estava chorando e clamando a Deus pela maldade de seu povo, como se fora ele mesmo a cometer tal pecado!
Impactado por essa posição, o povo se arrependeu e tomou a dura decisão de consertar aquele erro. Houve o entendimento da necessidade de mudar de rota e andar de outro modo, por conta da postura piedosa de um homem.
Um homem que pelo seu conhecimento da Palavra e retidão, poderia sair pregando e indicando a todos o erro, mas que teve 'consciência de povo' e entendeu que também precisava se arrepender e clamar ao Senhor.
Talvez estejamos tentando levar pessoas ao arrependimento jogando as falhas em seus rostos.
Porém, Deus quer chamar a nossa atenção para o poder da compaixão.
Reconhecendo quem somos em Cristo Jesus, não deveria haver espaço em nossos corações para outro sentimento!
Mas acabamos por nos comportar como o homem daquela parábola, que mesmo sendo perdoado pelo rei de uma dívida impagável, não conseguiu exercer a mesma misericórdia para com o seu próximo e sofreu dura consequência por causa disso (Veja Mateus 18.23-35).
É importante ressaltar que ser compassivo não é acomodar-se com o pecado, achá-lo normal ou algo do gênero.
A postura compassiva nos leva a reconhecer o pecado, mas não manter uma postura de acusação e segregação do pecador, como se em nossa vida, fôssemos seres santos por nós mesmos.
Pelo contrário, o compassivo olha para o pecador e reconhece no outro a si mesmo, carente do perdão de Deus e necessitado da ação do Espírito para viver uma vida santificada.
Permitamos ao Senhor exercer compaixão através de nós e seremos surpreendidos com os resultados que o Espírito produzirá!
Não Há Mais Condenação!
"Sei que nada de bom habita em mim, isto é, em minha carne. Porque tenho o desejo de fazer o que é bom, mas não consigo realizá-lo. Pois o que faço não é o bem que desejo, mas o mal que não quero fazer, esse eu continuo fazendo." (Romanos 7.18-19).
Enfrentamos diariamente a luta contra o pecado. Esse dilema é perturbador, porque temos o desejo de agradar a Deus, mas muitas vezes nos encontramos fazendo o inverso!
Essa guerra entre a vontade do nosso espírito (que é seguir a Deus) contra a vontade da carne (que é seguir seus próprios desejos), é algo que enfrentaremos constantemente.
Porém, graças a Deus pela morte e ressurreição de Jesus! Nela, somos transportados para uma nova realidade, que nos dá vitória sobre o pecado e capacita para um outro tipo de atitude!
Quando reconhecemos o sacrifício de Jesus e nos submetemos a Ele, somos libertos da lei do pecado e começamos a viver debaixo da lei do espírito de vida!
Essa nova lei traz consigo várias diferenças!
A primeira delas é que já não há mais condenação para os que estão em Cristo Jesus!
Isso significa que Jesus pagou todo o preço de nossas dívidas (pecados) segundo a antiga lei e nos libertou para um novo tipo de vida!
"Portanto, agora nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus, que não andam segundo a carne, mas segundo o Espírito. Porque a lei do Espírito de vida, em Cristo Jesus, me livrou da lei do pecado e da morte. Porquanto o que era impossível à lei, visto como estava enferma pela carne, Deus, enviando o seu Filho em semelhança da carne do pecado, pelo pecado condenou o pecado na carne;
Para que a justiça da lei se cumprisse em nós, que não andamos segundo a carne, mas segundo o Espírito." (Romanos 8.1-4)
Debaixo dessa nova lei, estamos debaixo de um outro tipo de mentalidade e não vivemos mais sob o domínio dos desejos da carne!
Longe de Cristo, nossas atitudes teimam a nos afastar do Senhor. Somos conduzidos por nossos maus desejos que nos distanciam dos propósitos de Deus.
Mas agora, quando reconhecemos Jesus como nosso Senhor e Salvador, a nossa carne "morre" juntamente com Cristo e o nosso espírito está vivo para andar de acordo com a direção do Pai.
"Porque os que são segundo a carne inclinam-se para as coisas da carne; mas os que são segundo o Espírito para as coisas do Espírito.
Porque a inclinação da carne é morte; mas a inclinação do Espírito é vida e paz.
Porquanto a inclinação da carne é inimizade contra Deus, pois não é sujeita à lei de Deus, nem, em verdade, o pode ser.
Portanto, os que estão na carne não podem agradar a Deus.
Vós, porém, não estais na carne, mas no Espírito, se é que o Espírito de Deus habita em vós. Mas, se alguém não tem o Espírito de Cristo, esse tal não é dele.
E, se Cristo está em vós, o corpo, na verdade, está morto por causa do pecado, mas o espírito vive por causa da justiça." (Romanos 8.5-10)
Vivendo segundo essa nova lei, temos uma esperança: assim como o Espírito ressuscitou Jesus dos mortos, Ele nos ressuscitará para vivermos um novo tipo de vida! Não uma vida baseada nos desejos de nossa velha carne, mas agora vivendo pelo Espírito, matando os desejos pecaminosos de nosso corpo! Vivendo como verdadeiros filhos de Deus!
"E, se o Espírito daquele que dentre os mortos ressuscitou a Jesus habita em vós, aquele que dentre os mortos ressuscitou a Cristo também vivificará os vossos corpos mortais, pelo seu Espírito que em vós habita.
De maneira que, irmãos, somos devedores, não à carne para viver segundo a carne.
Porque, se viverdes segundo a carne, morrereis; mas, se pelo Espírito mortificardes as obras do corpo, vivereis.
Porque todos os que são guiados pelo Espírito de Deus esses são filhos de Deus."
(Romanos 8.11-14)
Na luta contra a carne, temos vitória através de Jesus! Não somos mais presos a uma vida de pecado. Jesus pagou o preço pelos nossos erros, nos trouxe para uma nova lei e nos capacita a viver segundo a Sua vontade!
Você quer viver sob a lei do Espírito de vida, em Cristo Jesus? Clique aqui para saber mais.
Tenham Cuidado!
"Tenham cuidado, para que os seus corações não fiquem carregados de libertinagem, bebedeira e ansiedades da vida, e aquele dia venha sobre vocês inesperadamente." (Lucas 21.34)
Jesus lança esse alerta após predizer os sinais da sua volta.
Apesar disso, esse texto parece ter sido escrito cuidadosamente para pessoas como nós, nos dias atuais.
O nosso coração tem andado sobrecarregado. De tal forma que a volta de Cristo é uma esperança sobre a qual cada vez menos falamos.
Aqueles que creem em Cristo sabem que essa esperança é tempo de alegria para os que o consideram Salvador e Senhor, mas tempo de juízo para os que não andam em Seus caminhos.
E sabemos bem que andar nos caminhos de Jesus é mais do que frequentar a igreja em um final de semana; é uma decisão de submissão, de obediência a Deus e consequente renúncia às próprias vontades.
Como vivemos tempos de muita religiosidade e pouca santidade, tempos onde a 'bebedeira' e a 'libertinagem' correm soltas, inclusive no meio daqueles que deveriam estar se submetendo ao Espírito Santo, a pregação da esperança de Sua volta é cada vez mais relegada ao esquecimento.
Isso acontece para que a 'sensível' consciência das pessoas não seja ferida nem se sinta inadequada, com uma mensagem de real conversão.
Como a volta de Cristo é secundária e santidade não é um tema que chama muito a atenção das massas, passamos a transformar a fé cristã em uma resposta às ansiedades da vida.
E ela realmente é isso! Em Jesus, aprendemos o contentamento, aprendemos sobre os perigos da riqueza e do apego aos bens materiais, aprendemos sobre a soberania de Deus, que tem todos os nossos cabelos devidamente contados. O verdadeiro Evangelho é um extintor para as ansiedades da vida!
Mas, por vezes, utilizamos erradamente o Evangelho como um combustível para estas ansiedades, alimentando-as com palavras fora de contexto, querendo forçar Deus a se comprometer com coisas que Ele não disse nem prometeu.
Vivemos tempos de muita barganha e pouco relacionamento com Deus; tempos onde implicitamente oramos: "Venha o MEU Reino, seja feita a MINHA vontade". E diante da possibilidade de obter a nossa própria glória, os nossos olhos ficam fixos em cada aspecto deste lugar, perdendo de vista a esperança da volta gloriosa do Senhor, ou então torcendo para que ela leve mais um tempinho, afinal, nosso projeto de realização plena está prestes a se realizar!
Miseráveis somos nós! Tenhamos cuidado! Porque Ele virá inesperadamente, especialmente para aqueles que não atentam à Sua vinda!
Que o nosso clamor seja Maranata, ora vem Senhor Jesus (Apocalipse 22.20) e que os nossos esforços sejam a fim de "apressar" a Sua volta!
Jesus nos Conhece Plenamente
Afirmou Jesus: "É um dos Doze, alguém que come comigo do mesmo prato.
Respondeu Jesus: "Asseguro-lhe que ainda hoje, esta noite, antes que duas vezes cante o galo, três vezes você me negará". Mas Pedro insistia ainda mais: "Mesmo que seja preciso que eu morra contigo, nunca te negarei". E todos os outros disseram o mesmo."
(Marcos 14.18-20;27-31)
Por isso, os discípulos se assustaram ao ouvir de Jesus que dentre eles, alguém haveria de o trair; mais ainda: que ninguém ficaria ao seu lado no momento de sua prisão. E Pedro quase se sentiu ofendido ao ouvir de Jesus que ele negaria ser seu discípulo por três vezes naquela mesma noite.
Por isso, precismos tomar tempo para orar como o salmista:
Nicodemos e o Encontro com o Verdadeiro Mestre
João 3.1-21
Muitas pessoas tem memorizado o texto de João 3.16, mas não sabem que as falas deste versículo são fruto de uma riquíssima conversa que Jesus teve com Nicodemos.
Nicodemos era um mestre da lei. Do mesmo tipo daqueles que encontramos nos Evangelhos afrontando Jesus e tentando pegá-lo em algum erro, com intenção de condená-lo e matá-lo.
Mas, Nicodemos era diferente. Vendo as coisas grandiosas que Jesus fazia, teve clareza que este homem tinha algo de especial. Ao invés de procurar Jesus e assim como os outros, tentar envolvê-lo em alguma pegadinha, Nicodemos agiu de outro modo: na calada da noite, com a mais sincera humildade, procurou Jesus para conversar.
Porém, à medida que dialogava com Jesus, menos entendia.
Jesus falava a respeito da necessidade de "nascer de novo". Todo ser humano deveria nascer de novo " da água e do Espírito ", para vivenciar as coisas do Reino de Deus (vs.3; 5-7)
Mas para a sua mente terrena, isso parecia ininteligível! Como um homem adulto poderia voltar a nascer?, ele pensava. Não é possível voltar para a barriga da mãe!
Apesar de sua inteligência e seu conhecimento das Escrituras, Nicodemos não percebia que Jesus falava no plano espiritual e isso o deixou sobremodo confuso, a ponto de virar para Jesus, num ato de extrema humildade para um mestre da lei e perguntar: " Como pode ser isso?" (v.9)
Jesus, vendo sua atitude e reconhecendo a sede que Nicodemos demonstrava em conhecer a mensagem do Reino, abriu o seu coração e revelou a ele uma mensagem que nos serve como base de pregação até hoje! O cerne de Sua missão nesta terra:
DEUS AMOU O MUNDO DE TAL MANEIRA QUE DEU O SEU FILHO UNIGÊNITO, PARA QUE TODO AQUELE QUE NELE CRÊ NÃO PEREÇA, MAS TENHA A VIDA ETERNA!
Não só falou isso, mas também revelou sobre como aconteceria sua morte de cruz e sobre as muitas pessoas que mesmo assim não creriam nEle!
A Bíblia não é clara a respeito da salvação de Nicodemos, porém a atitude de coragem que ele demonstrou em João 19.39, levando especiarias para perfumar o corpo de Jesus após a Sua morte de cruz, nos dá a indicação de que este homem não havia saído igual daquele encontro com o verdadeiro Mestre, em uma bendita noite.
O salmista fala no Salmo 51.17:
"Os sacríficios para Deus são o espírito quebrantado; a um coração contrito e quebrantado não desprezarás, ó Deus".
Nicodemos teve um coração sensível e humilde diante da voz de Deus e assim o Senhor espera que nos posicionemos diante dEle.
Só com um coração humilde podemos ouvir a voz do Espírito Santo nos convencendo do pecado, da justiça e do juízo, sendo assim transformados por Ele.
Jesus não está insensível às dúvidas que existem em nosso coração, assim como não esteve insensível aos pensamentos que perturbavam Nicodemos.
Tenhamos certeza de que ao persistir em buscá-lo, com um coração sedento e desejoso por Sua Verdade, o Espírito virá sobre nós, nos confirmará o amor de Cristo e nos encherá de confiança para seguir no caminho aberto por Jesus, com um coração alegre pela grande salvação que Ele nos concedeu!
Sejamos como Nicodemos! Que Deus nos encontre diante dEle com um coração humilde. Andando assim, ouviremos claramente a Sua voz a nos chamar para andar em Sua companhia!