Não se acomode em soluções provisórias

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"Agora, pois, não vos entristeçais, nem vos pese aos vossos olhos por me haverdes vendido para cá; porque para conservação da vida, Deus me enviou adiante de vós. Porque já houve dois anos de fome no meio da terra, e ainda restam cinco anos em que não haverá lavoura nem sega...Apressai-vos, e subi a meu pai, e dizei-lhe: Assim tem dito o teu filho José: Deus me tem posto por senhor em toda a terra do Egito; desce a mim, e não te demores; E habitarás na terra de Gósen, e estarás perto de mim, tu e os teus filhos, e os filhos dos teus filhos, e as tuas ovelhas, e as tuas vacas, e tudo o que tens.E ali te sustentarei, porque ainda haverá cinco anos de fome, para que não pereças de pobreza, tu e tua casa, e tudo o que tens." (Gênesis 45.5-11) - grifo nosso

"E Jacó viveu na terra do Egito dezessete anos..." (Gênesis 47.28)  - grifo nosso

"O tempo que os filhos de Israel habitaram no Egito foi de quatrocentos e trinta anos." (Êxodo 12.40) - grifo nosso

Quantas vezes na vida permitimos que soluções provisórias se tornem cenários definitivos?

Isso acontece toda hora e em todas as áreas de nossas vidas: é o conserto de alguma coisa da casa que é feito de maneira improvisada; é a acomodação perante uma situação desconfortável na área profissional, são os casais que postergam resoluções importantes no seu relacionamento e vão levando a vida...Enfim, a lista de possibilidades é grande e poderia fazer um texto enorme apenas mencionando exemplos!

1. Nem sempre soluções provisórias são problemáticas

Soluções provisórias para problemas da vida surgem a todo momento. E, em si mesmas, nem sempre são problemáticas. Podem ser um remédio para questões momentâneas da vida!

A família de Jacó se deparou com a possibilidade de uma solução provisória em um momento de crise: havia fome na terra, o Egito era o único lugar com comida e, pelos desígnios de Deus, José, o filho que era dado como morto, estava em uma alta posição de autoridade sobre aquele povo.

Quando seus irmãos vão até o Egito para comprar comida, José se revela a eles, esclarece que Deus o havia orientado sobre o tempo que aquele cenário de escassez existiria sobre a terra (7 anos), informa que dois anos já eram passados e faz uma proposta:  venham para o Egito! Designarei um lugar para estarem e vocês serão sustentados pelos próximos 5 anos de dificuldade.

Esse convite soou maravilhosamente bem aos ouvidos dos irmãos de José, que levaram seu pai Jacó e suas famílias de Canaã para o Egito, a fim de serem supridos nesse tempo de dificuldade.

Certamente, foi uma solução provisória de Deus para gerar provisão à semente de Israel naquele momento complicado. Mas era o PROPÓSITO definitivo do Senhor para aquele povo? Não!

2. O problema é se acomodar no cenário provisório e se esquecer do propósito do Senhor. A solução provisória virará escravidão!

Deus havia jurado à Abraão que daria a terra de Canaã como herança aos seus descendentes. Canaã era o propósito e o lugar definitivo que o Pai havia separado para aquele povo.

O problema com Jacó e sua família foi se acomodar em uma solução provisória: aquele livramento era para passar pelos 5 anos de fome; mas Jacó ficou lá por 17 anos, até sua morte; e, por fim, os descendentes de Jacó permaneceram naquela terra por 430 anos.

Quando nos acomodamos nas soluções provisórias e perdemos de vista o propósito maior de Deus para nossas vidas, o cenário vai mudando, sem que percebamos. A situação se degrada e nos tornamos escravos daquela condição. 

Foi o que literalmente aconteceu com o povo de Israel: passou-se o tempo e a condição que era favorável transformou - se em escravidão na terra do Egito.

Não podemos estabelecer as nossas vidas sob a base de soluções provisórias! Deus quer nos levar ao cumprimento do Seu propósito divino e para isso, não podemos nos acomodar em um cenário que parece favorável, mas não é o lugar que o Senhor quer nos colocar.

Aqueles que se acomodam em soluções provisórias terminam por se tornar escravos desta condição. E Deus não lida com escravos, mas liberta aqueles que o amam e os chama de filhos.

3. Deus sempre está disposto a quebrar qualquer algema de escravidão que nos impeça de alcançar o Seu propósito para nossas vidas. Para que isso aconteça, CLAME!

Levou tempo, mas o povo de Israel acordou do sono espiritual e clamou ao Senhor por libertação: 

"E aconteceu, depois de muitos dias, que morrendo o rei do Egito, os filhos de Israel suspiraram por causa da servidão, e clamaram; e o seu clamor subiu a Deus por causa de sua servidão." (Êxodo 2.23)

E toda vez que clamamos a Deus, Ele nos ouve e intervém em nosso favor para nos resgatar, livrar e estabelecer o Seu propósito sobre as nossas vidas!

"E disse o Senhor: Tenho visto atentamente a aflição do meu povo, que está no Egito, e tenho ouvido o seu clamor por causa dos seus exatores, porque conheci as suas dores. Portanto desci para livrá-lo da mão dos egípcios, e para fazê-lo subir daquela terra, a uma terra boa e larga, a uma terra que mana leite e mel; ao lugar do cananeu, e do heteu, e do amorreu, e do perizeu, e do heveu, e do jebuseu." (Êxodo 3.7-8)

Portanto, há esperança para todo aquele que clamar a Deus e pedir Sua intervenção!

Se você está vivendo a vida acomodado em soluções provisórias, HOJE é o tempo favorável! Clame a Deus e Ele intervirá para te libertar!  Não se acomode em soluções provisórias, mas creia no Senhor e peça a Ele que guie a sua vida, rumo ao caminho cheio de virtude para o qual Ele te criou! 


Generosidade segundo Jesus

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"Estando Jesus em Betânia, reclinado à mesa na casa de um homem conhecido como Simão, o leproso, aproximou-se dele certa mulher com um frasco de alabastro contendo um perfume muito caro, feito de nardo puro. Ela quebrou o frasco e derramou o perfume sobre a cabeça de Jesus.  Alguns dos presentes começaram a dizer uns aos outros, indignados: “Por que este desperdício de perfume? Ele poderia ser vendido por trezentos denários , e o dinheiro ser dado aos pobres”. E eles a repreendiam severamente.  “Deixem-na em paz”, disse Jesus. “Por que a estão perturbando? Ela praticou uma boa ação para comigo." (Marcos 14.3‭-‬6) 

Nessa passagem, os discípulos, especialmente Judas Iscariotes (como relatado em João 12.4), começaram a julgar a mulher que fez um ato generoso e derramou óleo sobre Jesus.  

Discordaram do ato e fizeram contas sobre quanto e onde aquilo poderia ter sido empregado. Mais do que isso: aqueles homens repreenderam duramente a mulher! De tal modo que Jesus teve de intervir e pedir que eles a deixassem em paz!

Assim como os discípulos, somos especialistas em avaliar a generosidade alheia e geralmente não fazemos esse tipo de "cálculo" no espírito que Jesus propõe: valorizamos os homens das moedas que tilintam no gazofilácio (mas dão do que sobra) e deixamos de lado a pobre viúva, que dá seus últimos centavos; tendemos a aplaudir a contribuição de Ananias e Safira, do mesmo modo que a de Barnabé.

Quando Jesus fala sobre generosidade, quais são os princípios destacados na Bíblia?

1) Acima de tudo, Jesus avalia a MOTIVAÇÃO.

O coração de Jesus sempre esteve atento à motivação das pessoas e identifica isso como um princípio importante: é algo muito presente no Sermão do Monte, principalmente em Mateus 6, quando Ele fala sobre a importância de não fazer atos de justiça motivado pelo interesse de ser honrado pelos homens.

Jesus sempre receberá toda ação de generosidade realizada, não por tristeza ou constrangimento, mas em alegria e com espontaneidade, por amor à obra de Cristo (vide 2 Coríntios 9.7).

2) Jesus não chamou ninguém para ser sommelier de generosidade alheia, mas para ser bom mordomo do que Ele lhe confiou. 

Mais do que julgar sobre a generosidade dos outros, devemos olhar para o nosso próprio coração e discernir se estamos agindo adequadamente com aquilo que Ele tem nos confiado.

A bondade de Deus permite variados modos de abençoarmos outras pessoas e o Reino! 

Não é somente dinheiro, mas é possível ser generoso através de outros talentos e capacidades. Além disso, a multiforme obra de Deus abre oportunidades para que apliquemos essas habilidades/capacidades/recursos em diversas finalidades: obra missionária, assistência aos necessitados, suprimento aos pastores e à igreja local... 

Com isso, precisamos ser sensíveis para ouvir a direção de Deus e obedecer, assim como um bom mordomo, que aplica o seu esforço no lugar onde seu senhor acredita que trará maior benefício.

Que a nossa motivação seja agradar a Cristo e com essa santa intenção, concentremos nossos esforços em ser bons mordomos de tudo aquilo que Ele tem nos confiado!

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