Tempos difíceis e os conselhos de 2 Tessalonicenses

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Atualmente, o mundo enfrenta um dos momentos mais difíceis da história recente. A pandemia do coronavírus tem ceifado a vida de muitas pessoas ao redor do globo e outros tantos indivíduos têm sido afetados pelas consequências econômicas da crise.

Será que a Bíblia tem algum conselho para orientar os cristãos sobre como enfrentar esse tempo tão complexo?

Sim! A segunda carta de Paulo aos Tessalonicenses traz bons princípios que nos permitem compreender a postura que Deus espera de seus filhos em momentos difíceis.

Quando Paulo escreveu suas cartas, a igreja de Tessalônica vivia um momento de crise. Os irmãos não enfrentavam uma doença, mas também poderiam ser mortos: havia intensa perseguição, por conta da fé em Jesus Cristo.

Frente a essas dificuldades, em um cenário sem melhores perspectivas, a palavra do apóstolo os encorajava: nenhum momento difícil durará para sempre!
 
Cristo deixou claro que teremos tribulações neste mundo, mas os cristãos de todas as eras podem descansar em uma firme esperança: Jesus há de voltar para salvar à sua igreja e condenar aqueles que não se voltaram a Ele com fé e arrependimento (2 Ts. 1.6-10). Ter essa perspectiva em mente não deixará que o nosso coração seja desesperançado pelos acontecimentos deste mundo.

No entanto, Paulo avisa: até a volta de Cristo, será necessário paciência, pois nada vai acontecer tão repentinamente. Há uma série de situações que precisarão se desenrolar, até que a volta de Cristo e o livramento eterno se concretize (2 Ts. 2.1-4)

Essa mensagem é importante, pois os irmãos de Tessalônica estavam inclinados a largar suas responsabilidades terrenas, para focar no aguardo do retorno do Senhor. E, às vezes, é isso que acontece conosco: em tempos difíceis, aguardamos que venha o livramento para depois voltar a agir.

Mas o apóstolo nos orienta a mantermos a firmeza e perseverança em todas as práticas que tinham sido ensinadas, mesmo diante da dificuldade (2 Ts 2.15;17; 2 Ts. 3.4-5).

Sim, era necessário se manter trabalhando, a fim de ter sustento e quem sabe, ter algo a contribuir com os famintos; sim, era necessário permanecer fazendo o bem e dar testemunho do evangelho de Cristo (2 Ts. 3.11-13).

Nem o cenário difícil ou a promessa da vitória deveriam abalar o crente.  Pelo contrário, quem crê em Cristo tem de manter os pés no chão, o coração sonhando, as mãos na labuta, o foco em Deus e a cabeça na eternidade! 

O mundo real não deve ser motivo de lamentações: temos uma esperança espiritual. A esperança espiritual não deve ser "muleta" para não nos aplicarmos no mundo real: temos uma responsabilidade terrena. A responsabilidade terrena, por mais difícil que seja, não deve afligir nosso coração: jamais estaremos desamparados! 

Há um Deus que nos deu um selo espiritual através do Seu Filho e vive em nós pelo Seu Espírito, para que tenhamos a visão celestial em tudo que fazemos e sejamos orientados a como enfrentar toda a sorte de situações.

O momento difícil não durará para sempre, tenha paciência em meio à tribulação. Mantenha-se firme e perseverando em tudo que aprendeu!

Que a orientação de Paulo à igreja de Tessalônica ecoe em seu coração e produza ânimo para enfrentar o momento presente!

Filemom: Ter uma fé que seja motivo de conversa

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"Sempre dou graças a meu Deus, lembrando-me de você nas minhas orações, porque ouço falar da sua fé no Senhor Jesus e do seu amor por todos os santos."
(Filemom 1.4‭-‬5)

Vivemos um tempo onde a espiritualização é bastante cultivada: as pessoas dizem crer em algo, têm os seus misticismos, mas isso não provoca uma mudança em suas condutas e relações.

A fé em Jesus Cristo tem essa característica que a diferencia de todas as outras: aquele que crê verdadeiramente no Filho de Deus começa uma jornada de transformação em seu caráter que durará por toda a vida e essa mudança será testemunhada por todos que acompanharem as ações desse cristão.

A carta a Filemom nos revela a história de um homem cuja fé virou motivo de conversa. E, diferentemente do que acontece hoje, onde muitos que se dizem cristãos são razão para escândalo e descrédito dos descrentes, esse homem chamado Filemom tinha uma fé que era motivo de glorificação a Deus.

O que havia na vida de Filemom que o fazia dar tão bom testemunho de sua fé em Cristo?

Em primeiro lugar, partimos do fundamento: era uma fé solidificada em Cristo Jesus, pois só a partir da ação produzida pelo Espírito Santo é possível nascer de novo e ser transformado em nova criatura. 
É o que a Bíblia diz em 2 Coríntios 5.17:

"Assim que, se alguém está em Cristo, nova criatura é; as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo."

Essa transformação gerada pela fé em Cristo faz com que o nosso coração e mentalidade sejam renovadas, à semelhança dEle. Nesse processo, desenvolvemos amor por Deus e pelo próximo em nossos corações.

E como esse amor se demonstra? Não é meramente um sentimento ou uma afeição, nem é "seletivo", indo ao encontro apenas daqueles que também nos amam. Mas, é um amor que torna-se visível através de ações: doar de si mesmo e do que tem aos outros, sem esperar nada em troca, revela o amor que há em nossa vida e diz tudo sobre a nossa filiação.

Jesus diz isso: "Amem, porém os seus inimigos. Façam-lhes o bem e emprestem a eles, sem esperar receber nada de volta. Então, a recompensa que terão será grande e vocês serão filhos do Altíssimo, porque Ele é bondoso para com os ingratos e maus" (Lucas 6.35).

Um amor que transborda em atitudes certamente resultará em ação de graças a Deus, como Paulo diz que fazia sempre que se lembrava da fé e do amor de Filemom.

Mais do que isso, alguém que vive esse amor e dá testemunho dessa fé reanimará o coração das pessoas que o cercam! Paulo diz que era alegrado e consolado por ver a firme disposição de Filemom em viver conforme os princípios de Cristo.

"Seu amor me tem dado grande alegria e consolação, porque você, irmão, tem reanimado o coração dos santos." (Filemom 1.7)

Que nesse tempo tão propício, Deus nos permita ser como Filemom: dar bom testemunho da fé em Jesus e revelar o amor Dele através das nossas vidas, sendo instrumento para glorificar ao Pai e animar todas as pessoas à nossa volta.

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Decisões impensadas, consequências desastrosas

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"Josafá tinha grande riqueza e honra, e aliou-se a Acabe mediante casamento...Então o rei de Israel e Josafá, rei de Judá, foram atacar Ramote-Gileade. E o rei de Israel disse a Josafá: "Entrarei disfarçado em combate, mas tu, usa as tuas vestes reais". O rei de Israel disfarçou-se, e ambos foram para o combate. O rei da Síria havia ordenado a seus chefes dos carros de guerra: "Não lutem contra ninguém, seja soldado seja oficial, senão contra o rei de Israel". Quando os chefes dos carros viram Josafá, pensaram: "É o rei de Israel", e o cercaram para atacá-lo, mas Josafá clamou, e o Senhor o ajudou. Deus os afastou dele, pois, quando os comandantes dos carros viram que não era o rei de Israel, deixaram de persegui-lo."

(2 Crônicas 18.1;28-32)

Josafá, rei de Judá era um homem que temia a Deus, mas se aliou com Acabe, ímpio rei de Israel. Como era costume na época, casou-se com a filha de Acabe para sacramentar a aliança, e, de repente, passou a fazer parte de uma das famílias reais mais malignas da história do povo hebraico.

Como era de se esperar, teve que assumir compromissos junto à sua nova família e viu-se enredado na iniciativa de guerra que seu sogro lhe propôs, lutando contra o povo de Ramote-Gileade. Antes de irem à guerra, Josafá insistiu que consultassem ao Senhor e, a princípio, os reis receberam palavras animadoras dos "profetas": vão à guerra e terão vitória!

Mas, o rei Josafá estava incomodado. Apesar das muitas palavras de vitória, ele pergunta ao rei Acabe se havia mais algum profeta a consultar (v.6). Coincidentemente, faltava mais um profeta,
que Acabe não gostava muito, pois sempre falava aquilo que vinha do Senhor...Quando esse profeta é chamado, deixa claro que aquela guerra era a declaração de morte do rei Acabe: ele morreria no campo de batalha.

Mesmo ouvindo essa palavra, Josafá topa ir à guerra. Chegando no campo de batalha, as coisas pioram ainda mais: com medo, seu sogro decide ir disfarçado, mas ele deveria seguir com as vestes reais, transformando - se num alvo fácil.

Essa decisão quase o condena à morte, não fosse a misericórdia do Senhor: ele foi atacado pelos sírios, mas esses, quando perceberam que não era o rei de Israel, deixaram de persegui-lo.

Decisões impensadas e alianças fora dos propósitos de Deus podem trazer consequências desastrosas para as nossas vidas. E sabe o que é pior? Certas situações para as quais abrimos portas em nossa geração, tornam-se cilada para as gerações posteriores!

A relação que Josafá criou com a ímpia família de Acabe gerou algum prejuízo para ele, mas nada comparável com a destruição causada na geração de seus filhos e netos, com consequências para todo o povo de Judá.

Seu filho e sucessor Jeorão também casou com uma filha de Acabe, tendo aquele contexto ímpio como exemplo. E a Bíblia diz o seguinte a respeito dele:

"Andou nos caminhos dos reis de Israel, como a família de Acabe havia feito, pois se casou com uma filha de Acabe. E fez o que o Senhor reprova." (2 Crônicas 21.6)

Jeorão acabou por matar seus irmãos para consolidar seu trono e estabeleceu altares idólatras em honra a outros deuses. Ele reinou por pouco tempo e depois foi sucedido por seu filho Acazias, que também devido à relação com a família de Acabe, acabou morto (veja 2 Crõnicas 22.7;9)

Portanto, tome cuidado com as portas que suas decisões abrem e as alianças nas quais você se envolve, pois isso será benção ou maldição para sua vida e certamente afetará as próximas gerações.
Peça direção e sabedoria ao Senhor, a fim de andar sempre no propósito dEle para a sua vida!


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