A Justiça Divina nos Salmos
Os Salmos 10 a 12 trazem claramente em sua temática a ideia de justiça divina.
Em primeiro lugar, revelam a atuação dos ímpios: aqueles que oprimem os mais fracos. Pessoas injustas, bajuladoras por interesse e que odeiam os que andam corretamente. Homens e mulheres que não tem temor a Deus e agem na perspectiva de que passarão incólumes por este mundo.
Contudo, Deus não perdeu o domínio sobre este mundo: Ele permanece no trono, observando a tudo e a todos, e a seu tempo exercerá justica.
A expectativa da manifestação da justiça divina na terra é para restaurar o padrão adequado: os ímpios receberão a punição merecida por sua irreverência; os oprimidos e aflitos receberão o cuidado e a segurança devida.
Quando a justiça se cumpre, acaba por revelar a natureza de Deus (Ele é justo) e aqueles que vivem conforme Seus princípios estabelecerão uma relação de maior intimidade com Ele (os retos verão a Sua face).
Abaixo, compartilho uma colagem livremente elaborada de versículos contidos nos Salmos 10 a 12, que detalham a ideia acima:
"Em sua arrogância o ímpio persegue o pobre, que é apanhado em suas tramas. Ele se gaba de sua própria cobiça e, em sua ganância, amaldiçoa e insulta o Senhor . Em sua presunção o ímpio não o busca; não há lugar para Deus em nenhum dos seus planos. Sua boca está cheia de maldições, mentiras e ameaças; violência e maldade estão em sua língua. Pensa consigo mesmo: “Deus se esqueceu; escondeu o rosto e nunca verá isto” (Salmo 10.2-4, 7, 11)
"Os ímpios andam altivos por toda parte, quando a corrupção é exaltada entre os homens." (Salmo 12.8)
"Quando os fundamentos estão sendo destruídos, que pode fazer o justo?" (Salmo 11.3)
"Levanta-te, Senhor ! Ergue a tua mão, ó Deus! Não te esqueças dos necessitados." (Salmo 10.12)
"Quebra o braço do ímpio e do perverso, pede contas de sua impiedade até que dela nada mais se ache. Tu, Senhor , ouves a súplica dos necessitados; tu os reanimas e atendes ao seu clamor. Defendes o órfão e o oprimido, a fim de que o homem, que é pó, já não cause terror." (Salmo 10:15, 17-18)
"O Senhor está no seu santo templo; o Senhor tem o seu trono nos céus. Seus olhos observam; seus olhos examinam os filhos dos homens." (Salmo 11.4)
“Por causa da opressão do necessitado e do gemido do pobre, agora me levantarei”, diz o Senhor . “Eu lhes darei a segurança que tanto anseiam.” (Salmo 12.5)
"Pois o Senhor é justo e ama a justiça; os retos verão a sua face."
(Salmo 11.7)
Viva o período mais frutífero de sua vida!
Já reparou que a vida de Moisés foi dividida em 3 partes, de períodos praticamente iguais?
Ele viveu 120 anos e é interessante como cada etapa marcou um contexto específico da vida:
- Os primeiros 40 anos foram o tempo da alta expectativa. Como príncipe do Egito, Moisés teve uma das melhores preparações que alguém poderia ter - as melhores escolas, a melhor alimentação, as melhores roupas; Moisés também tinha um coração cheio de sonhos e ao entender a história do seu povo de origem e a situação de injustiça, quis intervir de alguma maneira, mas acabou pecando em sua própria definição do que deveria ser feito e foi obrigado a fugir. É o tempo das potencialidades, dos sonhos e de acreditar que suas capacidades irão reverter cenários (veja Êxodo 2.1-15).
- Diante da necessidade de fuga, Moisés encontra abrigo no meio do deserto, com um povo diferente do seu povo de nascimento (hebreus) e de criação (egípcios), para trabalhar em uma função bastante inapropriada para um príncipe do Egito: cuidador de ovelhas. Esses 40 anos da vida de Moisés são o "período da desilusão e desconstrução". Ele se dá conta de suas incapacidades e limitações; até mesmo, chega a perder referências de suas próprias virtudes - o que é algo ruim. Moisés leva a vida, talvez imaginando que aquele seria seu fim, apesar dos sonhos grandiosos que havia elaborado (veja Êxodo 2.16-3.1).
- Mas o terço final da vida de Moisés reservava algo maior do que ele poderia imaginar: Deus o encontra no meio do deserto e o comissiona para uma missão desafiadora: livrar Israel da escravidão na terra dos egípcios. O Senhor trata de resgatar na vida de Moisés a percepção das capacidades e do sustento que Ele mesmo providenciaria para que aquele objetivo fosse alcançado. Então, Moisés vai. Cede seu nível de resistência e se submete à vontade de Deus. E pelos próximos 40 anos, ele vive a maior experiência da sua vida: sua intimidade com Deus, a liderança de um povo tão difícil, os inúmeros milagres que ele é usado para realizar...Quem diria que no último terço da vida, Moisés poderia viver o melhor momento da sua trajetória na terra? (veja Êxodo, a partir do capítulo 3)
Do período onde parecem que todos os caminhos estão abertos, todas as potencialidades podem ser desenvolvidas até o período da desilusão, da desesperança e do comodismo.
Porém, poucas pessoas realizam o salto de fé para realizar coisas maiores que Moisés deu.
Não porque falte chamado e propósito de Deus, mas porque muitas pessoas são mais resistentes que Moisés e se mantém firmadas no deserto, afinal já se acostumaram e sabem lidar com as intempéries.
Assim como fez com Moisés, Deus nos chama a submissão e à obediência.
No final, toda a história da vida de Moisés foi um processo para que houvesse rendição total em seu coração. A partir do momento em que isso ocorreu, Moisés viveu o período mais frutífero de sua vida, mesmo em avançada idade.
Não sei dizer qual é a etapa da vida que você tem vivido. Se ainda acredita que pode realizar através das suas capacidades ou se experimenta o deserto da desilusão e está construindo sua história neste lugar.
A verdade é que o Senhor te chama a viver o período mais frutifero da sua vida, através da submissão à direção de Deus - aos Seus propósitos e sonhos - e da obediência à Sua vontade - seus preceitos e ordens.
Entregue-se totalmente ao Senhor e viva a plenitude do que Ele tem reservado a você!
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