Como avaliar um profeta?

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"Entretanto, ouça o que tenho a dizer a você e a todo o povo: Os profetas que precederam a você e a mim, desde os tempos antigos, profetizaram guerra, desgraça e peste contra muitas nações e grandes reinos. Mas o profeta que profetiza prosperidade será reconhecido como verdadeiro enviado do Senhor se aquilo que profetizou se realizar”. (Jeremias 28.7‭-‬9)

É interessante e muito pertinente para os dias de hoje essa avaliação de Jeremias sobre o ministério profético.

Traçando uma linha do tempo, ele relembra que todos os profetas que o precederam falaram a respeito de "guerras, desgraça e peste", pregando sobre a necessidade de arrependimento e conversão ao verdadeiro Deus.

Eram palavras duras, que ninguém gosta de ouvir. Ter de falar isso a alguém traz credibilidade ao profeta - provavelmente sofrerá afronta e perseguição por conta de sua confrontação à realidade vigente.

Mas, já naquela época, surgia um tipo de profeta diferente, cuja palavra não conclamava à transformação. Ao invés disso, estabelecia um horizonte futuro de prosperidade, sem compromisso com verdadeira mudança de rumo.

Esse profeta tende a ser benquisto pelo povo e goza de tudo aquilo que a popularidade pode trazer.

É claro que Deus pode se manifestar através de seus profetas trazendo palavras de bençãos, embora não seja usual. Por isso, torna-se muito importante utilizar o critério de avaliação que Jeremias estabeleceu para esse tipo de profeta e sua mensagem: "Mas o profeta que profetiza prosperidade será reconhecido como verdadeiro enviado do Senhor se aquilo que profetizou se realizar".

O reconhecimento da veracidade da mensagem de bêncão e do portador como profeta usado por Deus ocorre no futuro, quando há a concretização da promessa.

Ao ouvir uma palavra de benção, devemos guardá-la em nosso coração e aguardar até que ela se cumpra. E essa postura deve ser refletida na maneira como lidamos com esses "profetas": não devemos dar a estes nenhum tipo de tratamento diferenciado.

Que haja temor e sabedoria nos nossos corações para não acumularmos ao nosso redor pessoas que falam o que queremos ouvir e não as verdades do Senhor. E que nós mesmos assumamos o compromisso de ser porta-vozes sábios e verdadeiros da mensagem do Pai.

Sobre plantar e colher

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"Por que vocês provocam a minha ira com o que fazem, queimando incenso a outros deuses no Egito, onde vocês vieram residir? Vocês se destruirão e se tornarão objeto de desprezo e afronta entre todas as nações da terra. Até hoje não se humilharam nem mostraram reverência e não têm seguido a minha lei e os decretos que coloquei diante de vocês e dos seus antepassados [...] Então, todos os homens que sabiam que as suas mulheres queimavam incenso a outros deuses, e todas as mulheres que estavam presentes, em grande número, e todo o povo que morava no Egito, e na região de Patros, disseram a Jeremias: [...] É certo que faremos tudo o que dissemos que faríamos—queimaremos incenso à Rainha dos Céus e derramaremos ofertas de bebidas para ela, tal como fazíamos, nós e nossos antepassados, nossos reis e nossos líderes, nas cidades de Judá e nas ruas de Jerusalém. Naquela época, tínhamos fartura de comida, éramos prósperos e nada sofríamos."
(Jeremias 44.8‭, ‬10‭, ‬15‭, ‬17)

Nem tudo na vida se desdobra em causa e consequência imediata. O andamento de nossas histórias não é uma espécie de "efeito dominó", onde uma pedra derrubada gera imediata e sucessivamente a queda das outras pedras.

A vida parece mais com uma dinâmica de "plantio e colheita", onde certas situações são semeadas, levam um tempo para brotar e gerar fruto.

Foi isso que o povo de Israel não percebeu em sua relação com Deus: eles passaram a seguir caminhos de idolatria, desviaram-se totalmente do caminho de obediência aos preceitos de Deus e a vida não se alterou imediatamente: continuaram a ter fartura, viviam em sua própria terra e estavam seguros.

No entanto, com esse tipo de conduta, iniciaram uma nova semeadura que levou anos para ser colhida em ira de Deus, exílio, morte e destruição.

Ao serem exortados ao arrependimento pelo profeta Jeremias, fica evidente que não entenderam o que havia acontecido e associaram o período de bonança à ação de seus falsos deuses, ao invés de compreenderem a bondade e misericórdia de Deus, que os sustentara mesmo em flagrante desobediência.

Os israelitas entendiam a vida como um "efeito dominó" e não como um "plantio e colheita". Por isso, erraram o alvo, trazendo ainda mais desgraça sobre si mesmos.

Isso deve ser motivo de atenção para todos nós: não é porque as coisas estão dando certo que isso indica que estamos agradando a Deus. Na verdade, podemos estar colhendo frutos da misericórdia do Senhor, ou até mesmo semeados por gerações anteriores.

Mas tenha certeza: se sua semeadura estiver seguindo caminhos de impiedade e desobediência, sua colheita não terá como ser diferente de juízo e condenação.

Portanto, aproveite a oportunidade que está diante de você, arrependa-se e volte aos caminhos de obediência ao Senhor. Semeie arrependimento e fé para colher justificação e salvação através de Jesus Cristo!

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